A greve nacional dos bancários avançou nesta sexta-feira (3), quarto dia do movimento. As paralisações alcançaram 10.355 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal. Foram 976 novas unidades que foram fechadas, um crescimento de 10,4% em relação ao dia anterior.
O balanço foi feito pela Contraf-CUT com base nas informações enviadas até a 18h pelos sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. No primeiro dia de greve, na terça-feira (30), haviam sido fechadas 6.572 unidades, o que representa uma evolução de 57,6%.
Foi o crescimento da greve que forçou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a agendar uma nova rodada de negociações nesta sexta-feira com o Comando Nacional. Também foram marcadas novas rodadas de negociações sobre as reivindicações específicas dos funcionários com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. As reuniões estão marcadas para ocorrer no início da noite desta sexta-feira.
“Esperamos que os bancos apresentem propostas decentes aos bancários para que possamos levar às assembleias da categoria”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Cordeiro reitera que “os bancos são um dos setores mais rentáveis da economia brasileira, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. As seis maiores instituições, que empregam mais de 85% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 58,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. Os bancários só sairão dessa greve com maiores avanços no salário, na valorização do piso e na melhoria das condições de trabalho”, adverte.
Os bancários aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 25 de setembro e ratificaram a decisão no dia 29, quando rejeitaram a segunda proposta dos bancos, que elevou para 7,35% o reajuste dos salários e outras verbas salariais e para 8% o reajuste do piso salarial.
Fonte: Contraf-CUT