Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
• Movimento continua nos próximos dias, até decisão de assembléia que será realizada na mesma quinta-feira, às 19 horas, na Quadra dos Bancários, na capital •
Em ato em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na tarde desta terça, dia 14, os bancários decidiram permanecer em greve até quinta-feira, 16, quando será realizada uma nova assembléia. Os trabalhadores estavam concentrados aguardando decisão do desembargador Nelson Nazar, do TRT da 2ª Região, que mediou a audiência em que ficou definido que a federação dos bancos (Fenaban) volte a negociar com os representantes dos trabalhadores.
O Tribunal reconheceu que o conflito deve ser resolvido entre as partes, que devem continuar negociando, tese sempre defendida pelo Sindicato. A primeira rodada ficou marcada para a mesma quinta-feira, pela manhã.
O desembargador suspendeu retroativamente, sem pagamento de multas, a liminar que determinava que 70% dos serviços bancários permanecessem em funcionamento. O despacho indica que os bancários permaneçam em estado de greve, suspendendo o movimento em até 48 horas, para que o impasse seja resolvido na mesa de negociação. A decisão sobre a suspensão será tomada pelos trabalhadores na assembléia de quinta-feira, 16, às 19h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192, Sé).
O desembargador estipulou ainda prazo de cinco dias úteis para que sejam realizadas rodadas de negociação e a campanha seja resolvida. Caso contrário, as partes devem voltar ao tribunal.
O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, que participou da audiência, explicou ao desembargador que a última rodada de negociação com os banqueiros foi realizada em 24 de setembro. A proposta apresentada pela Fenaban foi recusada e, no dia 30, os trabalhadores realizaram uma paralisação de advertência de 24 horas. Até 8 de outubro, quando os trabalhadores decidiram pela greve por tempo indeterminado, nenhuma nova rodada aconteceu, demonstrando a falta de disposição dos banqueiros para resolver a campanha com negociação.
“A greve dos bancários já completou uma semana, é forte e vai continuar assim até ser avaliada na assembléia de quinta”, disse Marcolino. “Deixamos claro para o desembargador que sempre apostamos no diálogo para resolver os problemas dos trabalhadores e continuamos com essa disposição. Ele compreendeu que foram os banqueiros que levaram os bancários à greve ao não apresentar proposta digna à categoria e por isso propôs a nova rodada”, ressaltou o presidente do Sindicato.