Da Contraf-CUT
Na reunião que aconteceu em 27 de setembro, o Comando Nacional indicou a rejeição da proposta econômica apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e que os sindicatos façam assembléias no próximo dia 4, quarta-feira, para analisá-la e votar greve por tempo indeterminado a partir da quinta-feira, 5 de outubro.
“Não aceitaremos nada que não traga aumento real, valorização expressiva da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e uma proposta que reflita o aumento de lucratividade que os bancos tiveram do ano passado para cá” – afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vagner Freitas.
• Proposta da Fenaban
Depois de quase cinqüenta dias de negociação, a Fenaban apresentou proposta econômica de 2% de reajuste e PLR de 80% do salário, mais R$ 816 de parte fixa, com mais R$ 500 no caso de o banco aumentar sua lucratividade em pelo menos 25%.
Essa proposta de reajuste é inferior até mesmo à inflação do período, que é de 2,80% pelo ICV Dieese, ou de 2,85% pelo INPC. A PLR também não reflete o aumento da lucratividade do sistema, sem contar que os bancos simplesmente acabaram com o abono de R$ 1.700 sem nenhuma outra compensação.
• Prazos legais
A Contraf-CUT está enviando comunicado aos sindicatos com as formalidades jurídicas que devem ser seguidas para a decretação de greve, entre elas fazer comunicado de greve à população e publicar o edital da assembléia com 72 horas de antecedência.
• Nova negociação
A Fenaban agendou a próxima rodada de negociações para terça-feira, dia 3, às 15 horas, após a Contraf-CUT enviar um ofício comunicando a indicação de rejeição da proposta apresentada em 27 de setembro.