Foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, dia 21 de novembro, uma portaria que limita o número de empregados na Caixa ao máximo de 90 mil. A portaria foi emitida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais.
Hoje a Caixa já está operando com um número inferior a este limite, cerca de 87 mil empregados. Apenas em 2017 o banco foi responsável pelo fechamento de 6.789 postos de trabalho, sendo 3.039 em março e 2.302 em agosto, os dois piores saldos apresentados no setor.
A contratação de mais trabalhadores é uma reivindicação histórica do movimento nacional dos empregados, solução vista como a mais adequada para suprimir a realidade de empregados sobrecarregados nas unidades de todo o país.
Alguns veículos da grande mídia apresentaram a nova portaria de forma positiva, comparando a média de empregados por agência com a de bancos privados. No entanto, a comparação ignora o papel da Caixa como agente de diversos programas sociais do governo, o que faz com as unidades do banco sejam procuradas não apenas por seus clientes.
É justamente por esse grande volume de serviços e um número cada vez menor de trabalhadores que os empregados da Caixa estão entre os mais adoecidos. Só em 2014, ocorreram 681 afastamentos devido a transtornos mentais e outros 558 por distúrbios osteomusculares (LER/Dort), segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2014. Situação que, com certeza, se agravou com os recentes Programas de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVEs).
Por conta disso é que a campanha “Mais empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil” é permanente e deve continuar mesmo após este novo limite.