O Conselho Deliberativo da Funcef empossou, em 15 de agosto, o diretor Antônio Bráulio de Carvalho, eleito pelos associados em maio de 2006. A posse dependia da aprovação do novo estatuto da Fundação, que passou a vigorar em 1º de agosto.
Com o novo estatuto, foi convalidado o processo eleitoral do ano passado, no qual foram reeleitos também pelo voto dos participantes os diretores Carlos Caser e Sérgio Francisco da Silva. Os mandatos eram exercidos com base em decisão do Conselho Deliberativo de conceder dois dos cargos da Diretoria Executiva a indicações dos associados, mas agora esses diretores passam a ter também a garantia estatutária, a exemplo do mandato de Antônio Bráulio.
A Diretoria Executiva da Funcef passa a ser composta por seis membros, de forma paritária: três pastas ficam com indicados da patrocinadora e três com representantes eleitos pelos associados. Os eleitos passam a responder pelas seguintes diretorias: Carlos Caser (diretoria de Benefícios), Sérgio Francisco da Silva (diretoria de Administração) e Antônio Bráulio de Carvalho (diretoria de Planejamento e Controladoria).
O presidente do Conselho Deliberativo, Marcos Roberto Vasconcelos, destacou, durante a posse de Antônio Bráulio, que muitos desafios foram superados nos últimos quatro anos e meio e que o prosseguimento do trabalho da diretoria continuará tendo todo o respaldo dos conselheiros.
O diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso, também lembrou que a conquista da paridade nos órgãos de gestão da Funcef, a qual “hoje parece ser algo muito normal”, foi fruto de uma longa luta, com muitas dificuldades. “Não foi nada normal o processo que tivemos que enfrentar até aqui” – ressaltou.
Alonso considerou a instituição da gestão paritária motivo para comemoração. “É algo extremamente importante, que terá reflexos muito positivos no futuro” – completou.
• Recuperação dos benefícios
Na reunião, o Conselho Deliberativo aprovou a proposta do grupo de trabalho (GT) para a recuperação das perdas dos benefícios pagos pela Funcef, mas com mudança de redação que implica avaliação prévia para definição do nível de elevação a ser concedida no Fundo para Revisão dos Benefícios Saldados.
O GT propôs que o fundo fosse ampliado de 50% para 90% do que exceder a meta atuarial. O Conselho Deliberativo acatou a ampliação de 50% para até 90%, ou seja, a elevação do porcentual não deverá subir, necessariamente, para os 90%. Poderá ser menor, dependendo da análise de viabilidade a ser feita pelo próprio Conselho Deliberativo, a cada ano.
De acordo com levantamento feito pelas lideranças dos aposentados, os benefícios pagos pela Funcef aos assistidos e pensionistas sofreram defasagem de 49,15% no período de setembro de 1995 a agosto de 2001.
Momentos antes da decisão de acatar a proposta de recomposição dos benefícios, o Conselho Deliberativo havia recebido correspondência do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae em apoio à proposta do GT da recuperação de perdas.
O documento foi aprovado pelos representantes das 27 Associações do Pessoal da Caixa (APCEFs) em reunião no último dia 9, em Brasília.