Da Agência Fenae

No último dia 10, durante encontro ocorrido em Brasília, os diretores da Fenae José Carlos Alonso (presidente) e Jair Pedro Ferreira (Administrativo e Financeiro) entregaram a Jorge Mattoso, presidente da Caixa, manifesto de desagravo e solidariedade, no qual repudiam os ataques mesquinhos e improcedentes veiculados nos meios de comunicação de massa contra a Caixa Econômica Federal, “uma empresa centenária que comprova, dia-a-dia, ser imprescindível para a sociedade brasileira, por atuar como banco social e auxiliar na implantação de políticas públicas”.
No documento, a Fenae assegura que causou indignação e revolta quando gestões anteriores privatizaram a empresa Datamec e, como parte de uma estratégia que visava à privatização da Caixa, transferiram para a multinacional Gtech a inteligência da operação da loteria, com graves prejuízos para a instituição. Esclarece também que o movimento nacional dos empregados acompanhou “a dificuldade criada por aquelas gestões, com embaraços administrativos, defasagem tecnológica e inúmeras pendências judiciais, para que se pudesse recuperar para a Caixa a autonomia nesse setor”.
O manifesto da Fenae repudia o tratamento eminentemente político-partidário, que, contrariando os fatos e as evidências, tem sido dado a essa questão, colocando sob suspeita pessoas sérias e honestas que estão hoje trabalhando pelo bem da Caixa e do Brasil. E acrescenta: “Entendemos que o pedido de indiciamento de Vossa Senhoria (Jorge Mattoso) e de outros administradores da Caixa, além de não se sustentar diante dos fatos, inverte a lógica da busca por punição aos culpados por irregularidades, uma vez que as iniciativas adotadas pela atual gestão foram no sentido de romper com a indesejável e prejudicial parceria com a Gtech”.
O documento manifesta, ainda, solidariedade a todas as empregadas e empregados que participaram desse processo de renovação do contrato com a Gtech, afirmando plena confiança de que suas condutas foram direcionadas pelo profissionalismo e pela ética. Na nota de desagravo e solidariedade, a Fenae observa ser canhestra a tentativa de criminalizar a operação com o Banco BMG, “um negócio reconhecido como normal no mercado, inclusive para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e que trouxe lucro para a Caixa”.
O manifesto assegura, por fim, que a Fenae nunca teve dúvidas de que quando a Caixa se voltasse para um projeto de País com inclusão social, estreitamento das desigualdades e melhoria da distribuição de renda, contrariaria interesses dos que sempre se beneficiaram do aparelho do Estado e enfrentaria fortes resistências à sua nova orientação. E conclui afirmando esperar que tantos ataques mesquinhos e improcedentes não sirvam para desanimar os que trabalham pelo crescimento e fortalecimento da Caixa, mas estimulem, isto sim, “a atuação e o empenho de todos na afirmação da empresa como instrumento de resgate da enorme dívida social do País com os milhões de brasileiros que figuram entre os excluídos em nossa sociedade”.

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