Com o objetivo de discutir os impactos econômicos e sociais das privatizações dos bancos públicos e a violação da soberania nacional, a Fenae e a Contraf-CUT realizaram no último dia 29, em Brasília, o seminário nacional “O Brasil é nosso – Em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional”.
O evento contou com a participação de representantes sindicais e de trabalhadores das instituições financeiras públicas e empresas estatais, entre elas, a APCEF/SP.
Um dos propósitos é refletir sobre os processos de desmonte do patrimônio público em andamento no país, apresentando ainda a visão de outros segmentos da economia sobre a importância dos serviços e das políticas operacionalizadas pelos bancos públicos. A defesa da soberania nacional foi um dos eixos definidos na 21ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida no início de agosto, em São Paulo.
O vice-presidente da Fenae e ex-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, lembrou a venda de um pedaço importante do único banco 100% público do país, a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), entregue de “mão beijada” para um consórcio estrangeiro: “Tal como ocorre com outros bancos e empresas públicas, a venda para a iniciativa privada de áreas estratégicas da Caixa mira a redução do papel social do banco. Isso mostra que, apesar das trapalhadas do governo, a agenda econômica de privatizações continua em andamento e de forma acelerada”.
Ato por soberania, direitos e empregos – Na quarta-feira (30), também em Brasília, os bancários uniram-se a outras categorias de trabalhadores em um grande ato em defesa dos direitos, do emprego e da soberania nacional.
Os manifestantes marcharam até a Esplanada dos Ministérios em protesto contra os ataques e as propostas de privatização.