Nesta segunda-feira, 29 de maio, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) completa 52 anos de existência. A entidade nasceu da necessidade dos empregados do banco público de construir uma entidade forte e representativa para fazer a defesa da categoria e da única instituição 100% pública do país, indutora do desenvolvimento econômico e social em todas as regiões.

Em mais de cinco décadas, a Fenae esteve por trás de muitas conquistas importantes dos trabalhadores, como a jornada das 6 horas, reintegração dos demitidos no governo Collor, Funcef, direitos obtidos na mesa unificada de negociações da Campanha Nacional dos Bancários, Saúde Caixa, PLR e PLR Social, entre muitas outras.

“Desde a sua fundação, a Fenae se tornou uma das mais importantes entidades representativas do país, pelo apoio ao movimento sindical bancário, aos movimentos sociais e populares, especialmente aqueles vinculados ao papel social da Caixa, como o movimento em defesa de moradia e por cidades mais inclusivas. Junto com as Apcefs tem buscado integrar a defesa dos empregados, a promoção do bem-estar e a responsabilidade social”, destaca Sergio Takemoto, presidente da Federação.

A década de 80 foi marcada pelas grandes mobilizações dos trabalhadores da Caixa, em busca de valorização e melhorias das condições de trabalho. A histórica greve de 30 de outubro de 1985, a primeira de âmbito nacional a ser realizada na Caixa, assegurou a jornada de seis horas e o direito à sindicalização.

Na década de 90, a Fenae liderou junto com a então Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), precursora da Contraf/CUT, a luta de resistência contra o desmonte da Caixa como empresa pública e os ataques aos direitos e conquistas dos empregados e aposentados, patrocinados pelo governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.

A defesa da Caixa como banco público e de caráter social é uma pauta permanente na agenda da Fenae, que tem mobilizado não só os trabalhadores da empresa, mas também toda a sociedade para defender o patrimônio dos brasileiros. A atuação da Federação, com esse objetivo, tem se dado no Congresso Nacional e nas diversas campanhas em âmbito nacional para alertar os brasileiros sobre os prejuízos que a privatização banco público acarretaria para o país.

Nos anos 2000, ampliaram-se as lutas pela reafirmação da Caixa como instituição pública e operadora de políticas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Fies dentre outros. Soma-se isso a busca por direitos que haviam sido suprimidos, além das melhorias nas condições de trabalho, com a contratação de mais empregados.

“É sem dúvida um legado de avanços conquistados com união, organização e mobilização do pessoal da Caixa, juntamente com o movimento sindical bancário”, reforça Sergio Takemoto.

Aproximação com os empregados

Estar mais perto dos empregados e associados das Associações do Pessoal da Caixa tem marcado também a atuação da Fenae. A entidade investiu no fortalecimento do movimento associativo com a reestruturação das estruturas de lazer e esportes das Apcefs, além da promoção de projetos culturais, esportivos e sociais em todo o país.

Dentre as ações implementadas ao longo desses 52 anos estão os Jogos da Fenae, o concurso cultural Talentos Fenae Apcef, a plataforma EAD Rede do Conhecimento, Inspira Fenae (evento de troca de experiências profissionais e pessoais), Movimento Solidário (programa de responsabilidade social), #ProntoFalei (evento idealizado para os empregados mais jovens do banco) e o apoio as programações sociais e de lazer nas Apcefs.

 

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