A Caixa liderou o ranking de reclamações de clientes nos meses de julho e agosto, conforme divulgado nesta quinta-feira, dia 15, pelo Banco Central (BC). A Caixa recebeu nesse período 1.364 reclamações que foram consideradas procedentes pelo BC, no ranking com nova metodologia.

Para fazer o ranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes.

A Caixa, que tem mais de 81,683 milhões de clientes, ficou com um índice de 16,69 na classificação. Pela nova metodologia, as instituições financeiras são divididas em dois grupos: as que têm mais de 4 milhões de clientes e as que têm menos de 4 milhões de clientes. A Caixa está no grupo com mais clientes.

Reclamações

A maior queixa dos clientes bancários, em julho e agosto, foi a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada, com 768 casos. Em seguida, ficaram as reclamações relacionadas a irregularidades quanto à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços (626). No total, o BC recebeu 5.927 reclamações.

Campanha salarial

Os empregados da Caixa tiveram todas as reivindicações negadas pela direção do banco na última rodada de negociação específica. A luta por melhores condições de trabalho é fundamental para o bom atendimento aos clientes, que são prejudicados pelo corte de postos de trabalho, sobrecarga aos empregados e pressão por metas.

Reivindicações

Além de mais contratação de pessoal, os trabalhadores querem o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), o combate aos assédios moral e sexual e a todas as formas de violência organizacional. Também propõem que a pausa de dez minutos a cada 50 trabalhados seja estendida a todos que fazem atendimento ao público, que lidam com entrada de dados ou que executam movimentos repetitivos.

Outro ponto da pauta é que seja emitida CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) após a ocorrência de assaltos, no prazo de 24 horas e para todos os trabalhadores na agência.

Para quem trabalha nas agências as propostas são: manutenção da função de caixa; não à implantação de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor “minuto”; pagamento integral das comissões; garantia da substituição para todos os cargos, independente da causa ou período de afastamento.

“Estamos vivendo um processo de campanha salarial e ao mesmo tempo tendo que defender a Caixa do ataque, desmonte, esvaziamento e, consequentemente, o nosso emprego. Sem emprego não há salário”, ressalta Ivanilde de Miranda, diretora da APCE/SP. 

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