Edição: 87 – setembro/15
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Reivindicações já estão com a direção da Caixa e com a Fenaban
Desde 11 de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – que representa os banqueiros na mesa de negociações da Campanha Nacional dos Bancários – está ciente das reivindicações da categoria.
A entrega das reivindicações foi feita pelo Comando Nacional dos Bancários, que representa os trabalhadores nas negociações. Além da minuta geral da categoria, foi entregue ao representante da direção da Caixa na Fenaban a lista de reivindicações específicas dos empregados do banco público.
A pauta de reivindicações da categoria foi definida na 17ª Conferência Nacional dos Bancários, que aconteceu entre os dias 31 de julho e 2 de agosto.
Os principais pontos são: reajuste de 16%, valorização do piso salarial calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral e fim da terceirização.
Já a pauta de reivindicações específicas dos empregados da Caixa foi definida durante o 31º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), em junho, que contou com a participação de trabalhadores de todo o País.
Entre as prioridades estão: contratação de mais empregados; fim do GDP; combate ao assédio moral; garantia do Saúde Caixa na aposentadoria, inclusive os que saíram pelo PADV; fim do voto de Minerva na Funcef; imediata incorporação do REB ao Novo Plano; fim da restrição de dotação orçamentária para horas extras; e extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos.
Debates
Após a entrega das reivindicações, são agendadas rodadas de negociações entre os representantes dos bancos e dos trabalhadores para debate dos itens. “Será um longo caminho até se chegar a um acordo satisfatório. Há dezenas de pontos a serem discutidos. Além do reajuste salarial, é preciso debater as melhorias nas condições de trabalho, contratações, assédio moral, isonomia”, explica o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.
A Caixa encerrou o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 1,5 bilhão. “Que o banco tem condições de atender nossas reivindicações, isso todos já sabem. Estamos prontos para lutar por nossos direitos”, completa o diretor da entidade.
Contratação de trabalhadores
A contratação de mais empregados é uma das principais bandeiras desta Campanha Nacional dos Bancários. “O empregado sobrecarregado adoece, eleva o índice de absenteísmo e não oferece um atendimento de qualidade à população”, explicou Kardec de Jesus Bezerra.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o número de demitidos na Caixa foi de 3.057 de janeiro a junho deste ano, o que contabilizou um saldo negativo entre admitidos (999) e desligados de 2.058 postos de trabalho. Isso deu-se principalmente por causa do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA).
Como consequência, a Caixa liderou o ranking de reclamações de clientes contra instituições financeiras em julho, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.
Para pressionar a Caixa a contratar mais empregados, estão sendo organizadas diversas manifestações desde o início do ano. Em abril, a APCEF/SP e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região organizaram um protesto pedindo mais contratações durante o Feirão da Casa Própria.
Em agosto aconteceu o Dia Nacional de Luta por Contratação Urgente, com manifestações em todo o País e coleta de assinaturas em abaixo-assinado. Ainda em agosto, em Campinas, os trabalhadores entregaram uma carta à presidenta do banco, Miriam Belchior, pedindo mais diálogo.
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