A APCEF/SP e outras entidades do movimento sindical e associativo estão mobilizadas em defesa da manutenção da Caixa 100% pública. O consenso é geral: a abertura de capital do banco, proposta que estaria sendo estudada pelo governo, não interessa aos brasileiros, pois ano após ano, a Caixa tem avançado no mercado, reforçado seu papel social e, por isso, é fundamental que ela siga sob o controle do Estado para dar continuidade a este processo.
Deste modo, estão previstos uma série de ações de modo a intensificar esta luta No dia 25 de fevereiro, na Câmara do Deputados, será realizado o ato em defesa da Caixa 100% pública. O evento, organizado pela Fenae, Contraf/CUT e o gabinete da deputada federal Érica Kokay (PT/DF), tem como objetivo debater o tema sob a ótica dos empregados e usuários.
No dia 26 de fevereiro, quinta-feira, o assunto será abordado na Marcha dos Trabalhadores, que irá acontecer em várias cidades brasileiras.
No dia 27 de fevereiro, sexta-feira, será o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% pública, que irá movimentar unidades e empregados do banco em todo o País. A iniciativa, organizada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa – Contraf-CUT) propõe que os trabalhadores realizem ações nas agências e postem fotos nas redes sociais segurando o cartaz com a frase “Eu defendo a Caixa 100% pública”.
Ações nos estados
As mobilizações das entidades e dos trabalhadores por uma Caixa 100% pública têm ocorrido em diversos estados. As primeiras aconteceram em 12 de janeiro, dia em que a empresa completou 154 anos. Em Brasília, a manifestação foi realizada em frente à Matriz. Em Fortaleza e João Pessoa, na porta de agências. Em outros locais como Belo Horizonte, Curitiba, Recife e São Paulo, foram divulgados artigos, cartas abertas, manifestos, notas e publicações.
Em São Paulo, também em 27 de janeiro, delegados sindicais se reuniram para discutir o assunto. Já no dia seguinte, empregados se uniram em um abraço simbólico ao prédio do banco, na Avenida Paulista. “Defendemos uma Caixa com um peso econômico e social de extrema importância. Passam por ela 35% do PIB brasileiro”, observa Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro da CEE/Caixa – Contraf/CUT.
“Todas essas ações nos estados são de extrema importância no sentido de conscientizar a nossa categoria e convocá-la para a luta. Só com a participação dela e da sociedade será possível barrarmos qualquer tentativa de fatiar o banco. A manutenção da Caixa 100% pública é fundamental para que o Brasil continue a trilhar o caminho do desenvolvimento econômico aliado às conquistas sociais”, ressalta Clotário Cardoso, vice-presidente da Fenae.
O diretor de Cultura da Federação, Moacir Carneiro, acrescenta: “A abertura de capital da Caixa só interessa ao setor privado, que está de olho no avanço do banco. No ano passado, a Caixa injetou quase R$ 700 bilhões na economia, cerca de 13,5% do PIB. São quase 80 milhões de correntistas e poupadores, um saldo de operações de crédito superior a R$ 605 bilhões e mais de 132 milhões de contas ativas do FGTS. Essa é a Caixa que queremos. Cem por cento pública, um patrimônio de todos os brasileiros”.
Fonte: Fenae Net