O Fórum Regional de condições de trabalho retomou os debates na quinta-feira, 21, na sede da Gipes São Paulo, com cobranças pela falta de empregados e denúncias de ranking de desempenho.

O Fórum Regional, desdobramento da Campanha Nacional de 2013, conta com a participação de representantes dos empregados (APCEF/SP, Sindicatos e Fetec-CUT/SP) e de áreas da Caixa (Gipes, Gilog e Giseg, entre outras).

Esta foi a primeira reunião depois que o Fórum Nacional avaliou as experiências dos projetos-pilotos, que ocorreram na área de abrangência de seis Gipes (entre elas, São Paulo e Campinas) e indicou a continuidade dos Fóruns Regionais em caráter permanente.

Foram levadas demandas dos empregados em relação à estrutura física, de pessoas e segurança. Também foi discutida a denúncia de ranking individual de desempenho na Superintendência Regional de Santana. A SR divulga, em seus informativos, o desempenho dos empregados na campanha "Time de Vendas", elaborada pela Diretoria de Atendimento e Negócios (Degan).

A cláusula 36 da Convenção Coletiva de Trabalho determina que os trabalhadores não podem ser expostos em rankings de desempenho ou cobrados por meio de mensagens no telefone particular. “Os representantes da Caixa admitiram o erro e comprometeram-se a interromper a realização dos rankings”, informou o diretor da APCEF/SP e participante do Fórum, Leonardo Quadros.

Em relação à infraestrutura e segurança, os representantes da empresa comprometeram-se a apresentar cronograma de resolução das demandas ainda pendentes.

Outro tema debatido foi a falta de empregados, em especial a situação de duas agências da capital. Em uma, o atendimento é feito com apenas oito pessoas, metade da lotação da unidade.

E, na outra, uma unidade com grande demanda de atendimento social, sem outros bancos próximos, havia somente cinco empregados.

“Cobramos solução imediata, a situação é grave. Já houve casos em que clientes agrediram empregados por conta da demora no atendimento. Os trabalhadores pagam pela política equivocada da empresa e isso é inadmissível”, ressaltou Leonardo.

Os representantes da Caixa admitiram a falta de empregados e houve unanimidade quanto à necessidade de contratação. Concluíram pela orientação de não abertura de novas agências sem o quantitativo de pessoas adequado e a apresentação de uma solução para as unidades em discussão, em até 15 dias.

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