Em 7 de abril, empregados da Caixa de todo o Brasil realizaram manifestações – conforme orientação da Contraf-CUT e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) – dentro do Dia Nacional de Luta contra a intransigência da empresa no processo de reestruturação que está em andamento no banco.
Em algumas unidades, o atendimento ao público foi suspenso por uma ou duas horas, em sinal de protesto. Em outras, os empregados cruzaram os braços entre as 12 e as 13 horas, como aconteceu em três agências de Campinas.
Na capital, com a participação da APCEF/SP, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e da Fetec-CUT/SP, foi realizada a leitura de um manifesto elaborado pela representação dos empregados e, também, debatidas as principais dúvidas e preocupações dos trabalhadores em relação à reestruturação. O protesto contou com a presença dos empregados do prédio da Rua Joaquim Eugênio de Lima.

• CDN cobra esclarecimentos da diretoria da Caixa
Na mesma data, durante o primeiro dos dois dias de reunião do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae (CDN) – que reúne representantes das 27 APCEFs do País -, o vice-presidente de Gestão de Pessoas (Vipes) da Caixa, Édilo Ricardo Valadares, e o superintendente nacional de Desenvolvimento e Estratégias Empresariais da empresa, José Durval Fernandes Reis, foram questionados sobre a reestruturação pelos participantes do encontro e deram algumas “explicações”.
Os representantes das APCEFs expuseram o clima de insatisfação que ocorre em cada Estado em decorrência da reformulação implantada pela empresa. A reclamação geral recai, principalmente, sobre a falta de informações, que traz, como consequência, insegurança aos empregados envolvidos nas mudanças.
“Nem os gestores, nem os empregados das áreas envolvidas sabem, até agora, quantas pessoas serão aproveitadas ou quando as mudanças serão implantadas”, disse o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, durante o CDN. “O que temos assistido são técnicos procurando outra área para trabalhar. A falta de informação sobre o prazo e o quantitativo de pessoas envolvidas gera um clima de terror nas unidades”, ressaltou.

• Prazo para implantação do novo modelo é 30 de junho
Em resposta aos questionamentos, o superintendente nacional afirmou que não há como precisar o quantitativo de pessoas a serem atingidas pela reestruturação.
“Ainda não encerramos esse dimensionamento. Quando divulgamos as orientações sobre flexibilização dos processos, queríamos dizer que os cargos seriam ocupados pelos empregados preferencialmente daquelas filiais que, por ventura, sofrerem redução”, afirmou.
De acordo com o representante da Caixa, o prazo para a implantação do novo modelo, a Rede de Sustentação do Negócio (RSN), é 30 de junho.
O vice-presidente da Vipes reconheceu, durante o CDN, que o formato adotado pela empresa para a divulgação da reestruturação foi equivocado e gerou muitas dúvidas nos empregados envolvidos.
Garantiu, também, que a reestruturação não foi pensada para eliminar o número global de funções.
De acordo com Édilo Valadares, os empregados que não forem lotados na unidade reestruturada serão movimentados e terão prioridade na composição de equipes no mesmo município de sua lotação.
Na ocasião, o vice-presidente do banco comprometeu-se a criar vaga na cidade, caso essa não exista, para que não ocorra transferência compulsória de município.
“A representação dos empregados continuará a acompanhar o processo de reestruturação e de implantação da rede de sustentação do negócio. Exigimos respeito às pessoas envolvidas nas modificações e cobraremos que a direção do banco atue com transparência e cuidado com o seu quadro funcional nesse processo”, afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP.

Dia Nacional de Luta: manifestação realizada na capital, em 7 de abril

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