No sábado, dia 10, em São Paulo, os empregados da Caixa de base da Fetec/CUT/SP realizaram Congresso Estadual dos Empregados da Caixa.
As participações do professor, jurista e filósofo Alysson Mascaro e da empregada da Caixa eleita para o Conselho de Administração da empresa, Maria Rita Serrano proporcionaram duas análises de conjuntura.
Mascaro analisou o cenário da política atual e as consequências do golpe de Estado para a classe trabalhadora, com a retomada da agenda neoliberal do governo de Fernando Henrique Cardoso.
“As lutas de classes e grupos e as disputas entre frações do capital fazem com que as instituições políticas e jurídicas sejam atravessadas por tensões, antagonismos e contradições”, diz o jurista, que fez um alerta à classe trabalhadora quanto a importância da resistência contra as reformas propostas pelo governo neoliberal de Temer.
Já a empregada da Caixa Rita Serrano destacou a importância do banco público e do trabalho desenvolvido pelos seus empregados no processo de arrancar o país da crise.
“Esse momento que vivemos – em que o governo está fazendo o desmonte do estado de bem-estar social e das empresas públicas, como também da Caixa – exige união dos trabalhadores e coesão das entidades sindicais e associativas”, destacou a conselheira eleita pelos empregados da Caixa para representa-los no Conselho de Administração do banco.
Para Rita Serrano, o que está em jogo é o desenvolvimento do país e, sem o trabalho da Caixa, o Brasil terá mais dificuldade para sair da crise. “A Caixa deve estar íntegra, sustentável e focada no desenvolvimento de políticas públicas”.
Neste Congresso Estadual, os empregados fizeram o debate e demonstraram consciência da necessidade das mobilizações para a defesa dos empregos, dos direitos dos trabalhadores e das empresas públicas e discutiram a organização dos bancários para as próximas atividades.
Além disso, elegeram os delegados para o 33º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que acontece de 30 de junho a 2 de julho, em São Paulo “O Conecef reúne os empregados de todo país e suas propostas, é a oportunidade do empregado da Caixa se unir e levar para a empresa as reivindicações necessárias para a melhoria das condições de trabalho”, reforça o diretor da APCEF/SP Edvaldo Rodrigues.
Congressos estaduais – acontecem em todo país entre os empregados da Caixa e são preparatórios para o Conecef. Os delegados eleitos aprovarão as resoluções do congresso, que se traduzirão em ações de defesa dos direitos dos bancários da Caixa, do caráter 100% público do banco, das instituições públicas e da classe trabalhadora.
Nos congressos são discutidos e deliberados os seguintes temas: defesa dos bancos públicos e, em especial, da Caixa; Funcef; Saúde Caixa; condições de trabalho; mais empregados; aposentados, reestruturação; verticalização; terceirização; reforma trabalhista; e reforma da Previdência.
Greve geral – Dia 30 de junho, sexta-feira, é dia da classe trabalhadora cruzar os braços e dizer não as reformas propostas por Temer em um grandioso ato contra a agenda neoliberal de retira de direitos e sucateamento das instituições públicas. No dia 20 de junho, próxima terça-feira, as centrais sindicais organizam atividades em todo país. Em São Paulo haverá manifestação na praça da Sé, a partir das 16 horas.
Arte: Márcio Baraldi para o Seeb/SP
