Representantes da APCEF e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região estiveram reunidos, por mais de 5 horas, nesta quinta-feira, dia 16, com o objetivo de esclarecer diversas denúncias recebidas pelas entidades representativas de empregados referentes à imposição de cadastro dos bancários da SR Penha em um banco de intenção de movimentação entre agências (BIM).
De acordo com as denúncias, na manhã da terça-feira, todos os gestores das unidades vinculadas à SR Penha, em reunião, pediram aos empregados que cadastrassem cinco agências nas quais gostariam de trabalhar, pois haveria uma grande movimentação de funcionários em toda a SR. “Os bancários ficaram apavorados, muitos não querem trocar de unidade”, explicou o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto.
O superintendente da SR Penha, Cristiano Mendonça Ferraz Luz, explicou aos diretores das entidades que, por causa dos graves problemas da região, foi feito um grande estudo das 38 agências a fim de detectar as principais falhas e desequilíbrios, visando construir alternativas para corrigi-las. Nesse mapeamento, chegou-se à conclusão que algumas agências precisavam de mais empregados em determinados cargos e menos em outros.
Ainda segundo ele, a orientação era para que aqueles que estão satisfeitos com as agências nas quais trabalham, que colocassem no “BIM”, como primeira opção, SR Penha, já que não é possível indicar a própria unidade na qual está lotado. Aqueles que têm vontade de mudar, que indicassem as agências para as quais gostariam de ir. “É importante destacar que o cadastro da intenção de movimentação do empregado é opcional, não deve ser uma imposição da SR nem do gestor da agência”, lembrou o diretor-presidente da APCEF.
Cristiano lembrou, ainda, que a intenção da Superintendência é conhecer a necessidade dos trabalhadores e, na medida do possível, atender da melhor forma. “Se tenho uma vaga em uma agência, a melhor forma é preenchê-la com alguém que quer ir para lá”, explicou. “Além disso, há agências que terão de dispor de funcionários, conforme detectado no estudo. Optamos por encaminhá-los para unidades próximas de suas residências ou para aquelas que ele mesmo escolher”, completou.
Ao final da reunião, o superintendente e alguns gerentes gerais presentes admitiram que pode ter ocorrido uma “falha na comunicação”. “Ninguém está sendo obrigado a deixar a agência que está”, explicou Cristiano.
O superintendente comprometeu-se a encaminhar um comunicado e enviá-lo a todos os empregados, esclarecendo a situação.
“Vamos acompanhar todas as movimentações que forem feitas na SR Penha. Exigimos que respeitem as necessidades e as vontades de cada empregado”, destacou Sérgio Takemoto. “Faltam empregados, essa é a realidade. Realocar pessoas é apenas um ‘remendo’. É socializar a miséria, como ouvi alguns dizerem”, explicou Sérgio Takemoto.
Caso tenha problemas com essas movimentações, denuncie! Ligue (11) 3017-8315 ou envie e-mail para sindical@apcefsp.org.br.