Um mantra na área de saúde e segurança do trabalho é que a prevenção é a melhor forma de se reduzir os riscos do exercício de uma atividade, e, como resultado, de se evitar problemas futuros. Seria, portanto, indispensável quando se pretende proteger a integridade física e emocional das pessoas. E, até pouco tempo atrás, quando a Caixa tinha uma estrutura organizacional diferente, era um assunto tratado de forma muito cuidadosa dentro da empresa.

Infelizmente, um episódio ocorrido recentemente com um colega nos mostrou, hoje, um cenário diferente. Um empregado, lotado em unidade de São Paulo (omitiremos detalhes como a região do Estado e a unidade para preservar o colega) sofreu ameaças por parte de um criminoso. O criminoso buscou obter vantagem indevida tentando coagir o colega a realizar operação em desacordo com as normas internas. A forma de coação foi ameaça à vida do colega e de seus familiares, sobre quem o criminoso já possuía informações pessoais, como nome completo, endereço, telefone, etc., sua e de seus parentes. O colega também teve sua segurança ameaçada não apenas se não cedesse à coação, mas também caso contasse o ocorrido à outra pessoa.

Após sofrer a ameaça, o colega – que não cedeu à coação do criminoso – entrou em contato com a área vinculada à Vicop para relatar o ocorrido, mas não obteve suporte ou auxílio adequados. Obteve como resposta a informação de que, conforme os normativos, na prática, a Caixa somente poderia atuar após a ocorrência de assalto, sequestro, ou outro sinistro, ou seja, somente após o problema ser consumado. Com medo, o colega entrou em contato com representantes da Apcef/SP, que procuraram as chefias de sua unidade de lotação para buscar formas de preservá-lo. Mas isso ainda não é suficiente, pois as ameaças continuam. Para agravar a situação, o criminoso relatou que possui informantes dentro da unidade, e que já sabe que o colega buscou ajuda.

“O colega sofreu a tentativa de coação no exercício de suas atividades como empregado da Caixa, e em função de exercê-las. Portanto, é responsabilidade da empresa zelar por sua segurança, e lhe prestar todo o auxílio necessário. Já realizamos uma primeira intervenção, mas que ainda pode ser insuficiente. Por isso, estamos cobrando da Caixa sua responsabilidade, para que a integridade física e emocional do empregado e de sua família sejam preservadas”, relata o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

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