Problemas dos empregados da Caixa são pautas constantes da APCEF/SP
Neste início de ano, dirigentes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizaram reuniões em duas Superintendências Regionais da capital, Santana e Santo Amaro, e trataram das condições de infraestrutura física e de pessoal nas unidades vinculadas a estas SR’s.
Na SR Santana, em reunião ocorrida em 18 de janeiro, discutiram problemas de climatização que afetam as unidades da região. “Os empregados, que permanecem boa parte do dia na unidade, são os mais prejudicados, mas os clientes que estão de passagem também sofrem”, diz o diretor da APCEF/SP Leonardo Quadros.
Já na SR Santo Amaro, em reunião realizada em 30 de janeiro, além dos problemas de infraestrutura diversos, inclusive de climatização, também se tratou da questão crônica falta de empregados nas agências.
O caso mais representativo é o da agência Vila Joaniza, inaugurada em 2013 (durante a última expansão da rede de agências promovida pela Caixa), inicialmente com lotação de 8 empregados. Posteriormente, alguns empregados aderiram a Licença de Interesse Particular (LIP) incentivada e aos programas de desligamento, sem reposição.
Esta agência também estava na lista, definida pela direção da Caixa, como uma das unidades a ser fechada, em dezembro de 2017, mas o processo foi revertido, ao menos temporariamente. Daquele mês até outubro de 2018, de acordo com os dados do relatório “Estban”, divulgado pelo Banco Central, o saldo de poupança da unidade aumentou em R$ 1.499.482,00. Apesar desta performance, a unidade continua com quadro de pessoal reduzido e ausências de empregados decorrentes de doenças relacionadas ao trabalho. A sobrecarga de trabalho só aumenta.
Tanto os problemas de infraestrutura física quanto os decorrentes da falta de trabalhadores são resultados da política definida pela direção da Caixa. Os programas de redução de despesas, inclusive de pessoal, tiveram como ações sucessivos PDE’s e o incentivo à LIP, e têm esvaziado as unidades da Caixa desde 2015, e de maneira mais intensa a partir de 2016. O número de empregados da ativa, que chegou a passar de 100 mil naquele ano, hoje é de aproximadamente 85 mil.
Os gestores locais, porém, são responsáveis pelas condições de trabalho e de atendimento. Empregados e clientes não podem ser submetidos à condições que beiram a insalubridade, causam sofrimento físico e psicológico, e fragilizam a empresa perante a sociedade. “Cobramos das Superintendências ações para mitigar os problemas, até que as soluções definitivas sejam implementadas”, afirmou Cláudia Fumiko, diretora da APCEF/SP e da FETEC/SP.
Contratações – A declaração atribuída ao presidente Pedro Guimarães, de que contratará aprovados do último concurso, ocorrido em 2014, deixa a impressão de que isso irá solucionar o problema de falta de empregados na Caixa. No entanto, não há informação de quantas contratações serão feitas, e, aparentemente, os desligamentos em massa não terminaram.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a direção da Caixa já está estudando a abertura de novo programa para que saiam do banco cerca de 10 mil empregados.