No dia 16 de maio ocorreu audiência de mediação na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo (SRTE/SP) entre as entidades representativas dos trabalhadores, dentre elas, a APCEF/SP, e representantes da Caixa.
Ficou determinada pela SRTE/SP fiscalização em todas as unidades do Estado de São Paulo para verificar prejuízos causados aos direitos do trabalhadores, bem como apurar demais irregularidades trabalhistas na Caixa.
O encontro é consequência de audiência na SRTE de Araraquara, em 29 de dezembro de 2015 que, em decorrência de denúncia ao Ministério Público da Trabalho, demandou que fosse feita fiscalização na região e verificado se a denúncia procedia.
Foram constatadas várias irregularidades no registro da jornada no Sipon e a Caixa, para dar resposta ao Ministério Público do Trabalho, utilizou o direito de regresso e, por meio de processos administrativos, realizou procedimentos disciplinares com aplicação de sanções que responsabilizam os empregados.
Em audiência na Superintendência em Araraquara, os representantes do trabalhadores esclareceram que esses problemas no registro da jornada não são locais, o que determinou a transferência do processo para a capital.
Em 29 de fevereiro deste ano ocorreu a primeira audiência em São Paulo. Ficou acordado que o banco suspendesse todos os processos disciplinares referentes ao mesmo objeto, sem punição ao trabalhador e ao gestor, bem como a reversão de eventual punição por descomissionamento decorrente do mesmo objeto. A Caixa também teria de antecipar, em reunião com a CEE-Caixa, os detalhes da reestruturação, de alocação de seus trabalhadores e a proposta de solução para o login único no registro de jornada.
Após esclarecimentos, ficou evidente para a SRTE/SP que a falta de empregados relacionada à sobrecarga de serviço agrava os problemas constatados no registro da jornada. "Essa situação piora com a diminuição do quadro de empregados que se desligaram em programas como o PAA, que visa apenas a redução de custos", afirma a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda.
Ela lembra que isso pode ser constatado pelos números divulgados nos balanços da Caixa, nos quais, apesar da menor quantidade de trabalhadores, a demanda aumentou. “De onde vem tanta eficiência? Vem dos empregados que ficaram e agora podem ser responsabilizados pela empresa”, ressalta a diretora.