“Eu não dei autorização para descontar. Se houve desconto, eu te garanto que não dei autorização”, afirmou o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, dia 26 de maio, em São Paulo, ao ser questionado por representantes dos empregados quanto ao lançamento do dia da greve geral como falta injustificada, reflexos na carreira e desconto de três dias nos salários.
Após a afirmação, Occhi respondeu sobre a possibilidade de reverter a ação: “Eu vou fazer isso, eu vou fazer isso”. Em contrapartida às declarações do presidente da Caixa, os descontos foram orientados pela Diretoria de Gestão de Pessoas (Depes).
Como pode Occhi falar uma coisa e o processo ser conduzido de outra forma? Qual a intenção da direção da Caixa? Quem é responsável pelas orientações dadas pela Depes? Ao que parece, a Caixa não ouve a Caixa.

Liminar – Bases sindicais de diversos estados conseguiram na Justiça barrar a ação da Caixa. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região obteve em 8 de junho, no Ministério Público do Trabalho, parecer que orienta a empresa retirar a falta injustificada, devolver os valores descontados e cancelar quaisquer reflexos na carreira decorrente à ausência do dia 28. “É uma importante vitória dos trabalhadores na luta contra a retirada de direito”, diz a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda.

Greve geral – Trabalhadores de todo o país mobilizaram-se em abril para demonstrar o descontentamento com as políticas de reformas que visam acabar com direitos dos trabalhadores. Agora vamos intensificar a luta contra esse governo ilegítimo e participar da greve geral convocada pelas centrais sindicais para 30 de junho.

Desrespeito – E não é só o direito à greve que a Caixa não respeita. Também não respeita seus empregados. No começo de junho divulgou a antecipação do calendário de liberação do FGTS ‘convidando’ os empregados novamente para o trabalho de última hora.

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