Na última reunião para tentar definir os critérios para a promoção por mérito 2022, a direção da Caixa rejeitou a proposta dos representantes dos empregados, e apresentou uma contraproposta para a progressão no PCS e pagamento dos “deltas”. Na proposta da direção do banco, o delta seria restrito aos empregados com classificação nos quadrantes “bom”, “superior” ou “excelente” da GDP 2022.
“Mais uma vez, a gestão de pessoas do banco mostra seu autoritarismo, tentando impor um modelo. Os empregados não discutem os critérios da GDP, que sempre foram definidos de forma unilateral pela empresa. A premissa da promoção por mérito é que os critérios sejam construídos entre os representantes da empresa e dos empregados, e a proposta da direção rompe com esta lógica, ao impor a GDP como único critério”, protestou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Ano passado, precisamos buscar no Ministério Público do Trabalho para conseguir solucionar o impasse criado pela administração de Pedro Guimarães. A atual direção, de Daniella Marques e Danielle Calazans, infelizmente, segue e a mesma linha”, complementou Leonardo.
“O fato de termos chegado até dezembro sem termos os critérios da promoção por mérito desse ano definidos já é um absurdo. O próprio ciclo de 2022 da GDP nasceu com este problema: os empregados apenas novembro e dezembro para cumprir os objetivos SMART. Nem o “ponto de controle”, feedback previsto para ocorrer até 18 de novembro, deve ter sido aplicado para a maioria dos empregados. Por isso, defendemos que cada empregado elegível receba um delta. Os empregados não podem ser penalizados pela ineficiência da alta administração da empresa de estabelecer um calendário que seja factível”, disse Luiza Hansen, diretora da Apcef/SP, do Sindicatos dos Bancários de São Paulo e representante dos empregados na comissão que discute com a Caixa os critérios da Promoção por Mérito.
Com o impasse, os representantes dos empregados na comissão devem levar o debate à CEE (Comissão Executiva dos Empregados, que representa dos bancários da Caixa na mesa de negociação permanente), para avaliação dos próximos passos. Os empregados também cobram da Caixa a apresentação de mais dados, como a aplicação da sistemática do ano passado, entre outros, para subsidiar os debates. Os representantes da Caixa disseram que iriam avaliar as solicitações de dados.
A próxima reunião de negociações ainda não tem data marcada.