• Gestores insistem em descontar os dias parados na greve dos bancários •

A direção da Caixa decidiu fechar o ano com chave de ouro em relação aos desmandos cometidos contra os empregados e insiste em orientar os gestores a descontar, em janeiro, o saldo de horas remanescente da greve sem o devido pagamento por compensação.
Durante todo o ano, a direção do banco deu demonstrações de intransigência, com atitudes que trouxeram prejuízos para os empregados. No início de 2008, duas arbitrariedades deixaram indignados os trabalhadores: uma delas relacionada ao aumento do teto de participação do Saúde Caixa e a outra referente ao desconto de um dia de greve da campanha salarial de 2007 para alguns Estados.
Logo em seguida, outra atitude lamentável: a direção do banco decidiu que apenas os empregados que aderiram ao Saldamento do REG/Replan poderiam migrar para o Novo Plano de Cargos e Salários (PCS).
Durante a campanha salarial, as deliberações da administração deixaram clara a falta de conhecimento sobre a realidade do trabalhador. Falaram que não existem pendências referentes à isonomia dos trabalhadores, esquecendo-se do Adicional por Tempo de Serviço (ATS), da licença-prêmio, da unificação dos mercados e filiais e da situação dos gerentes das RETPVs. Afirmaram que não há problemas no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), como horas negativas e descumprimento da jornada. Disseram que estão realizando estudos sobre a necessidade de mais empregados para o banco, como se as enormes filas e as longas horas de espera nos guichês não deixassem isso claro.
Agora, assim como em outras situações, os trabalhadores se unirão para enfrentar mais esse descalabro da direção do banco. Afinal, por causa da luta dos trabalhadores, conquistou-se uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior, aumento real, um novo Plano de Cargos e Salários (PCS), entre tantas outras coisas.
A direção do banco não pode esquecer que a Caixa só existe e só cresce por causa de seus empregados. É preciso um pouco mais de cuidado ao tomar certas atitudes…

“A Contraf/CUT e a CEE/Caixa orientam as entidades sindicais para que ingressem com ações na Justiça, contra a Caixa, por descumprimento do Acordo Coletivo, com pedido de liminar para impedir o desconto de qualquer dia da greve na folha de pagamento de janeiro.
Entre em contato com o Sindicato dos Bancários de sua base para saber o andamento dessa medida.”