Todos sabemos que o período de campanha salarial é uma época de muitos debates, mobilização, união e acordos.
Na Caixa, além das reivindicações gerais da categoria bancária, os empregados também enfrentam uma outra batalha, paralela à campanha nacional, que são as discussões dos itens específicos do banco, em mesa de negociação direta com a empresa.
No ano passado, alguns avanços foram conquistados pelos empregados, como o compromisso da direção da Caixa em apresentar, até 31 de março deste ano, um plano de melhorias das condições de trabalho e segurança dos tesoureiros e, também, critérios para descomissionamento de funções gratificadas.
Contudo, a falta de compromisso e o desrespeito falam mais alto nesta gestão da Caixa, que deixa de lado os compromissos assumidos com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) sem a mínima “dor de consciência”.

Tesoureiros
– previsto no Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013, o prazo para que a direção da Caixa apresentasse um plano de ação para resolução definitiva das situações apontadas sobre saúde, segurança e condições de trabalho dos tesoureiros esgotou-se.
Entre as ações prometidas estava a adequação das unidades no sentido de haver um corredor interno exclusivo para o abastecimento dos ATMs. Para a Caixa, o problema foi resolvido. Para os empregados, não, uma vez que muitos deles ainda têm de passar no meio dos clientes para realizar tal tarefa.
Posicionamento do banco até o momento: nenhum.

Descomissionamento de funções gratificadas
– para a mesma data (31 de março), estava prevista a apresentação, pela direção da Caixa, de estudos sobre descomissionamento de funções gratificadas a partir das contribuições apresentadas pelas entidades representativas, entre elas, a APCEF e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Vale lembrar que essas contribuições dos empregados foram entregues à empresa pela CEE-Caixa durante mesa de negociação permanente ocorrida em fevereiro deste ano.
Posicionamento do banco até agora: nenhum.

Descaso – a Comissão Executiva dos Empregados havia marcado uma reunião com o banco para a última semana de março, ocasião em que a direção da Caixa se posicionaria sobre as questões citadas. Porém, no dia 21, o banco alegou falta de tempo para o encontro e ficou de agendar uma nova data.

Nova rodada – de acordo com o coordenador da CEE-Caixa, Jair Ferreira, a reunião deve acontecer entre 15 e 19 de abril. “Nossa expectativa é que a direção da Caixa apresente ações efetivas e pare de protelar a solução para assuntos de tamanha importância para os empregados”, disse o dirigente.

Para o diretor da APCEF Leo- nardo Quadros, é inadmissível a falta de comprometimento da empresa com a representação sindical e, principalmente, com o seu quadro funcional. “Somos nós quem construímos, dia a dia, com nosso trabalho e dedicação, este banco de tanta tradição e confiabilidade no País. Exigimos respeito e condições dignas de trabalho para que continuemos a prestar, da melhor maneira possível, o atendimento que a população e os clientes merecem”, afirmou o dirigente da Associação.

“É indamissível a falta de comprometimento demonstrada por esta gestão da Caixa. Exigimos o cumprimento das promessas da campanha salarial. ” – Leonardo Quadros – diretor da APCEF

 

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