segurança bancária

Na última segunda-feira, dia 24, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) reuniu-se com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) durante a mesa temática de Segurança Bancária. Na ocasião, o primeiro encontro após o desfecho da campanha salarial 2014, a Contraf cobrou mais segurança para proteção da vida dos trabalhadores e clientes.

Os representantes dos empregados salientaram, também, que os bancos devem ter ousadia e evolução no sentido de acrescentar novos itens de segurança em eventuais novos projetos-piloto, além de porta-giratória com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos, guarda-volumes e vigilantes armados e com coletes balísticos.

A Contraf considera frustrante o fato de que, na campanha salarial 2014, não houve avanços em relação à segurança na Convenção Coletiva (CCT). A categoria nutria expectativas de que as medidas testadas e aprovadas no projeto-piloto realizado em Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes seriam incluídas na CCT e estendidas para todo o Brasil, de modo a melhorar a prevenção contra assaltos e sequestros e no combate ao crime da saidinha do banco.

A Fenaban anunciou, após ser cobrada, que os bancos analisaram e definiram que os próximos dados da estatística semestral serão informados também por região do país. O anúncio é visto como um avanço, pois irá possibilitar a verificação de ocorrências em cada uma das cinco regiões, identificando onde a violência é maior. Foram reivindicados, porém, novos avanços, como a exibição dos números por estado e por agência e PAB, mas a Fenaban não aceitou.

Conforme determina a cláusula 32ª da CCT, a estatística do segundo semestre de 2014 será informada pela Fenaban até a primeira quinzena de fevereiro de 2015, durante a próxima reunião da mesa temática.

As questões serão retomadas em reuniões futuras. Um calendário de debates trimestrais foi definido para 2015, com temas já pautados pelos bancários, cujas datas serão fechadas nas próximas semanas. O problmea de falta de segurança nas agências de negócios está pautada para discussão na próxima mesa temática, em fevereiro de 2015.

O objetivo é aprofundar o debate com os bancos e mostrar o enorme risco de violência a que estão expostos diariamente bancários e clientes, diante da ausência de vigilantes, portas de segurança e outros equipamentos de segurança. Foi lembrado que, além da placa do banco, essas unidades possuem caixa eletrônico com operações de abastecimento, saques e depósitos, evidenciando que existe movimentação de numerário e, portanto, conforme a lei federal nº 7.102/83, é obrigatória a presença de vigilantes.

Para a segunda reunião da mesa temática em 2015, a ser realizada em maio, a Contraf/CUT já pautou o problema do sequestro que atinge bancários e seus familiares. Existe a necessidade de eliminar esse risco constante a que ainda estão submetidos vários gerentes e tesoureiros, sobretudo os que levam as chaves do banco para casa, um procedimento arcaico que não se encaixa num setor de ponta em tecnologia no Brasil.

A ideia é debater até mesmo experiências que alguns bancos já estão implantando, como a contratação de empresas de segurança para fazer a abertura e fechamento dos estabelecimentos e a utilização de controle remoto, acabando com a guarda das chaves pelos bancários.

Fonte: Fenae Net
 

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