Na assembleia realizada pelos bancários de São Paulo no final da tarde de ontem, 7 de setembro, a categoria seguiu a orientação do Comando Nacional dos Bancários e rejeitou a proposta de 7,1% de reajuste apresentada na última sexta-feira, 4 de outubro, pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

A assembleia ocorreu na Quadra dos Bancários, no centro da capital paulista, e contou com a participação de cerca de mil bancários que foram unânimes na decisão de continuar a paralisação.

Com isso, a greve completa hoje, 8 de outubro, 20 dias. Assim como São Paulo, os principais Estados também rejeitaram a proposta da Fenaban. Os bancos ofereceram 0,97% de reajuste acima da inflação, porém, os bancários consideraram a proposta insuficiente. A categoria reivindica 5% de aumento real, além de piso de R$ 2.860,21 e pagamento de três salários somados à parcela adicional de R$ 5.553,15, para pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR). Os bancários têm data-base em 1º de setembro.

Outras reivindicações dos bancários são mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao Projeto de Lei 4.330, além da aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe as dispensas imotivadas, entre outros itens.

Foi enviado à Fenaban pela Contraf-CUT um documento ressaltando "a necessidade de os bancos apresentarem uma nova proposta que de fato atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários".

A paralisação já envolveu 608 locais de trabalho em São Paulo (593 agências e 15 centros administrativos), com a adesão de cerca de 32 mil trabalhadores. Segundo a Contraf-CUT são 11.717 agências e centros administrativos fechados em todo o País.
 

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