Unidade e avanço foram as duas palavras mais lembradas durante o ato de entrega para a direção da Caixa Econômica Federal da pauta de reivindicações específicas da campanha salarial de 2007 da categoria bancária, realizado hoje (dia 14 de agosto), em Brasília (DF). O documento foi entregue pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Vagner Freitas, ao vice-presidente de Gestão de Pessoas da Caixa, Carlos Gomes.

Do lado do movimento sindical bancário, a mesa estava bastante representativa. Contou com a presença de membros do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de diretores de federações e de sindicatos dos bancários de diversos pontos do país. Houve ainda a participação do diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso, e do presidente da Fenacef, Décio de Carvalho.

Ao fazer a entrega da minuta específica, Vagner Freitas lembrou que este ano Brasília foi escolhida para sediar o lançamento nacional da campanha salarial de 2007, ocorrido em frente ao edifício-sede da Matriz da Caixa, para reafirmar a importância que se dá para os bancos públicos. Ele afirmou que a expectativa é de que ocorram negociações frutíferas tanto na mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), cuja pauta foi entregue em 10 de agosto com a participação de representante da Caixa, quanto na mesa específica. E acrescentou: “É verdade que nos últimos anos houve acordos satisfatórios, mas faz-se imperativo avançar muito mais, dando à Caixa o mesmo padrão que o governo Lula impõe ao país. Nos bancos públicos federais, vigora ainda um perfil conservador de atuação, apesar dos avanços registrados nos últimos anos”.

O presidente da Fenae, José Carlos Alonso, fez uso da palavra e registrou que uma das principais inovações da campanha salarial deste ano é a volta às origens: a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) contará com a participação de um representante dos aposentados. Na ocasião, Alonso defendeu a efetivação urgente do acordo que restabelece o pagamento pela Caixa da complementação denominada Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP) e a imediata retomada da concessão do auxílio-alimentação para todos os aposentados. Caberá à empresa, segundo ele, fazer justiça e universalizar esse direito. Alonso disse ainda que, caso a Caixa queira tornar-se de fato a melhor empresa para se trabalhar, é preciso dotá-la de recursos humanos suficientes para que seu papel de principal agente de políticas públicas seja cumprido adequadamente.

O presidente da Fenacef, Décio de Carvalho, elogiou a dinâmica dada pelo governo federal em relação ao processo de negociações das reivindicações dos trabalhadores. “Se não fosse o presidente Lula, a gente ainda não estava saindo do lugar. Avançamos bastante e o desafio é avançar ainda mais”, observou.

Para Rosane Silva, dirigente da CUT nacional, que também esteve presente ao ato de entrega da pauta específica, a Caixa tem papel determinante para o desenvolvimento do Brasil com distribuição de renda. Mas isto, de acordo com ela, só será possível na medida em que seus empregados forem valorizados. “A CUT estará presente em todo o processo de organização da categoria bancária”.

A Caixa foi representada pelo seu vice-presidente de Gestão de Pessoas, Carlos Gomes. Ele observou que a questão de um atendimento melhor é fundamental, assim como o salário é igualmente fundamental. E ressaltou: “O momento é de expectativa. A Caixa está sob novo modelo de gestão, mas não queremos ficar só na expectativa. Se não der para atender todas as reivindicações, vamos nos esforçar para atender pelo menos boa parte delas”.

Em seguida Carlos Gomes passou a apresentar os representantes da empresa para as negociações específicas da campanha salarial deste ano. A Comissão de Negociação Caixa será coordenada por Sueli Mascarenhas.

Principais reivindicações
A pauta específica entregue hoje à direção da Caixa tem como principais reivindicações a imediata contratação de mais empregados, a criação de um novo PCS para todos, a solução para os problemas do Saúde/Caixa, o fim do assédio moral e da violência organizacional e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação para todos os aposentados e pensionistas.

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