Da Agência Fenae

A campanha nacional unificada da categoria bancária, apesar de ter sido muito dura e difícil, conseguiu alcançar objetivos como o aumento real de salários e uma melhor Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Ela foi concluída em 18 de outubro, na capital, com a assinatura formal da Convenção Coletiva Nacional de Trabalho de 2006/2007 para todos os bancários do País (públicos e privados). O ato contou com a participação de representantes dos sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O acordo coletivo firmado entre bancários e banqueiros foi aprovado pelas assembléias sindicais ocorridas em todo o País. Pelo acordo, os bancos pagam reajuste de 3,5% no salário e em todas as verbas de natureza salarial, incluindo vale-refeição e outros benefícios. Os banqueiros têm também até 10 dias úteis para efetuar o pagamento da PLR, cuja regra básica consiste em 80% do salário já reajustado, mais R$ 828 na parte fixa, limitado a R$ 5.496.
O benefício prevê, ainda, uma parcela adicional equivalente a 8% da variação nominal do lucro líquido, distribuído linearmente para todos os bancários, com teto que varia de R$ 1 mil a R$ 1.500, concedido pelos bancos que em 2006 tiverem lucratividade igual ou superior a 15% em relação a 2005.
Embora a Convenção Coletiva Nacional tenha sido assinada no dia 18, o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, diz que a categoria bancária ainda tem muito a conquistar, sobretudo por causa da lucratividade recorde do sistema financeiro nacional. E conclui seu raciocínio com a seguinte avaliação: “A campanha nacional unificada deste ano avançou também no caminho da extensão da Convenção Coletiva da categoria bancária para todos os trabalhadores do ramo financeiro”.

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