Da agência Fenae

Movimento pretende ainda exigir a imediata suspensão do desconto do dia parado dos empregados – de alguns Estados – que fizeram greve em 2007. Fenae repudia medida

No próximo dia 29, a partir das 9 horas, em Brasília, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a direção da Caixa Econômica Federal voltam a reunir-se para debater o novo Plano de Cargos e Salários (PCS). Na ocasião, os representantes nacionais dos empregados também vão exigir a imediata suspensão do desconto de quatro dias dos empregados que fizeram greve em 10 de outubro de 2007, uma retaliação classificada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) como atitude arbitrária e covarde contra a organização dos trabalhadores.
O desconto de quatro dias de trabalho foi anunciado pela prévia dos contracheques recebidos pelos empregados na semana passada. Basicamente, a punição atinge os empregados de Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), que no ano passado continuaram em greve por mais um dia em relação aos empregados de outras bases sindicais. Em virtude disso, a retaliação da empresa foi descontar o dia 10 de outubro, deixando de pagar ainda o sábado e o domingo (descanso remunerado) e o dia 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida. O desconto chega a 13,33% dos salários dos empregados que exerciam o legítimo direito de greve, previsto constitucionalmente.
No comunicado sobre o desconto da greve, a empresa afirma que a ausência parcial será descontada e não trará reflexo na vida funcional do empregado. No entanto, a Comissão Executiva dos Empregados esclarece que, ao considerar o dia parado como falta injustificada, a Caixa já está gerando um reflexo na vida funcional do trabalhador.

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