Em reunião ocorrida na última terça-feira (20), em Brasília, o Conselho de Usuários do Saúde Caixa, formado por representantes dos empregados, dos aposentados e da empresa, debateu diversos assuntos de interesse dos trabalhadores do banco.

Houve informes sobre reembolso de medicamentos. Os representantes da Caixa disseram que o programa está em andamento, esclarecendo em seguida que os pedidos negados referem-se à solicitação de remédios que não são de alto custo.

A exigência de autorização prévia nos procedimentos de periodontia (área de odontologia), alvo de reclamações dos usuários, foi criticada pelos conselheiros eleitos. Questionada a esse respeito, a Caixa informou que a decisão foi determinada pelos dentistas da empresa, devido ao fato de que muitos atendimentos estavam sendo feitos indevidamente.

Foi formalizada denúncia de que os aposentados estão tendo dificuldades com a remessa de documentos para a caixa postal cepes22@caixa.gov.br. A empresa alegou que essas dificuldades têm a ver com o sistema de tecnologia, que vem enfrentando problemas em disponibilizar servidor em ambiente externo. O assunto ficou de ser verificado para soluções posteriores.

Houve cobrança sobre os cartões dos aposentados. Em breve, segundo a Caixa, esses cartões serão encaminhados à Gesad e posteriormente à Gipes para distribuição aos aposentados. Nesse particular, os conselheiros eleitos sugeriram o envio de comunicado à Fenacef, quando da entrega ou caso ocorram eventuais devoluções dos cartões. Foi mencionada ainda dificuldade para a remessa de documentos pela página da Gesad na internet.

Durante a reunião, os conselheiros eleitos solicitaram a prestação de contas do Saúde Caixa, e os conselheiros indicados pela Caixa apresentaram alguns dados financeiros.

Foi questionado o fato de a relação de credenciados não estar disponibilizada de forma adequada para os aposentados, e mais uma vez a Caixa alegou problemas com tecnologia para viabilizar essa adequação no momento. A empresa disse que pretende implantar um projeto para internalizar o Sisbe, o que tornará possível o acesso aos aposentados.

Os conselheiros eleitos também questionaram a respeito de documentação requerida para inclusão de dependente no Saúde Caixa oriundo de união estável. Alegação do banco: norma relativa a essa documentação está sendo alterada e deverá contemplar a declaração de união estável, além da documentação solicitada anteriormente à última alteração.

Ficou decidido que a última reunião do Conselho de Usuários, relativa ao exercício de 2012, será realizada excepcionalmente em 15 de janeiro de 2013. No próximo ano, as reuniões estão agendadas para as datas de 19 de março, 18 de junho, 17 de setembro e 17 de dezembro.

Avaliação

Os representantes eleitos estão encontrando dificuldades de diálogo com os representantes da Caixa, durante as reuniões do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. Ocorre que a pauta nunca é apresentada com antecedência, sendo os conselheiros convocados para uma reunião onde serão discutidos "assuntos diversos".

Por outro lado, as reuniões têm se limitado à apresentação do que foi implantado, sem que haja qualquer discussão sobre os impactos financeiros dessas eventuais melhorias sobre o plano de saúde. Os conselheiros eleitos esclarecem que não discordam a priori das melhorias no Saúde Caixa, mas reivindicam que elas sejam discutidas e formatadas no âmbito do Conselho de Usuários antes da sua implantação.

Em relação aos check-ups, por exemplo, foram realizados 1.079 procedimentos entre janeiro e agosto de 2012, com valor médio de R$ 2.418,00 por procedimento. Porém, não foi possível aos conselheiros verificar o impacto financeiro no plano.

A prestação de contas é insipiente, o que não vem permitindo analisá-la na profundidade necessária. As contas referentes ao exercício de 2011 foram apresentadas apenas na reunião de 21 de novembro, sendo que os números de 2012 foram entregues também agora em novembro.

Há ainda a reivindicação de que a Caixa envie a todos os conselheiros eleitos os dados financeiros do Saúde Caixa, de modo a permitir que esses representantes passem a analisar a formação do Fundo de Reserva e o superávit do plano de saúde, o que ainda não foi possível.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae Net

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