Da Agência Fenae
Combate ao assédio moral, isonomia, prevenção e qualidade de vida e cumprimento da jornada de seis horas são alguns dos eixos da campanha de 2007
A estratégia para a campanha salarial aprovada pelos delegados da 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, durante plenária realizada na tarde de 28 de julho, na capital, será focada nos temas da saúde, condições de trabalho e segurança bancária. Para isso serão priorizadas como eixos as seguintes questões: combate ao assédio moral e à violência organizacional; isonomia de tratamento entre os bancários afastados por doença e os em atividade; prevenção, reabilitação e qualidade de vida; igualdade de oportunidades; segurança bancária; e cumprimento da jornada de seis horas.
Foi aprovado, ainda, que a mídia da campanha deve fazer referência aos temas da saúde e das condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança bancária. Esses temas serão tratados concomitantemente com os itens econômicos, com base no princípio de que os banqueiros aumentam seus lucros às custas das doenças dos bancários, transformando a doença em lucro. Os sindicatos serão orientados a criar grupos de apoio aos trabalhadores que são vítimas de assédio moral.
No que se refere ainda à saúde e condições de trabalho, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) irá desenvolver duas campanhas nacionais: uma sobre saúde mental e outra sobre humanização das perícias e contra a alta programada. Os bancários vão lutar também para alterar a legislação previdenciária (lei 8.213/91), de forma a explicitar a responsabilidade das empresas na habilitação e na reabilitação profissional. Outra reivindicação diz respeito à inclusão dos trabalhadores reabilitados no projeto de lei de extensão da aposentadoria especial para as pessoas com deficiência.
Carta será encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Congresso Nacional e Ministério da Previdência e Assistência Social denunciando as formas de tratamento a que os trabalhadores são submetidos nos postos do INSS, incluindo desrespeitos a direitos garantidos por lei.