Em evento denominado “Conexão Caixa 2018” realizado em Brasília na manhã de quinta-feira, 1º, Temer afirma que a Caixa “tem função social extraordinária, que é voltada para o social e é a executora do governo federal para promover a redenção social”.

Discurso é discurso, mas convenhamos, não condiz com as ações que seu governo impõe ao banco público e aos seus empregados.

Redução do quadro de empregados, empurrados para fora do banco via planos de demissão. Em 2016, foram realizados dois Planos de Apoio à Aposentadoria (PAA), em 2017 mais dois Programas de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) e prepara novo PDV para 2018. Além dos concursados aprovados jamais contratados.

Corte da operação para redução da participação do banco público no mercado. Não se pode esquecer também do fechamento de agências bancárias em diversas cidades do país, especialmente em áreas mais carentes. Reduz estrategicamente a participação da Caixa em locais onde apenas o banco público atua e o acesso da população aos serviços oferecidos.

Redução, em 2017, do Programa Minha Casa Minha Vida cumprindo apenas 13,5% do compromisso assumido da construção de 170 mil novas moradias destinadas a famílias que ganham até R$ 1.800,00.

Retirada de direitos dos trabalhadores com a mudança nas regras do plano de saúde dos empregados, que deverá onerar e até inviabilizar o Saúde Caixa. As cobranças aos empregados pelo atingimento de metas abusivas, igualando-se aos bancos privados. Focando no alto rendimento das unidades.

Embora o governo insista em afirmações “triunfalistas” é possível desconstruir este discurso em apenas alguns segundos, com relatos de como os empregados vivem o seu cotidiano e sob quais condições de trabalho dentro da empresa pública.

“O governo Temer usa o palanque e as mídias hegemônicas para disseminar discurso irreal, ironizando a capacidade de discernimento das pessoas. É preciso estar atento a esses discursos e combatê-los com os fatos reais”, alerta a diretora da APCEF/SP Claudia Tome.

Comunicação APCEF/SP