O ano de 2017 começou com a mobilização dos empregados da Caixa na defesa dos direitos e contra o desmonte do banco público. A expectativa agora se volta para a reunião que será realizada no dia 24, terça-feira, entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e direção do banco. Na reunião, a proposta da Caixa para revisão do RH 184 será apresentada à CEE.
Esta mesma proposta já foi entregue aos membros do grupo de trabalho que discutiu o descomissionamento arbitrário. Antes disso, os representantes dos empregados no GT também formularam proposta e entregaram aos representantes do banco, propostas elaboradas por meio de plenárias com os empregados, porém, o documento foi ignorado pela direção da Caixa.
Os descomissionamentos arbitrários amparados pela versão 033 da RH 184 somam-se a deterioração das condições de trabalho vividas no dia a dia pelos trabalhadores da Caixa. Além disso, há rumores noticiados pela imprensa, sobre um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para extinguir cerca de 10 mil postos de trabalho. Estes dois fatores têm criado clima de grande temor entre os empregados.
As demais pautas a serem discutidas serão a reestruturação das agências, a questão do reembolso aos usuários do Saúde Caixa, a suspensão do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor (com apresentação de proposta de pesquisa com os empregados do segmento).
A Comissão também irá pedir esclarecimentos sobre as agências avaliadas deficitárias que foram citadas pelo presidente da Caixa, Gilberto Occhi, para possível fechamento, assim como o PDV, que por enquanto foi apenas divulgado pela imprensa, sem qualquer comunicado oficial da Caixa. Outro ponto que será abordado é a cobrança abusiva de metas, prática que continua a afetar empregados de todo o país e as redes de operações. Outro tema serão esclarecimentos quanto as denúncias que chegam semanalmente aos representantes dos empregados sobre cobranças de resultados via Whatsapp e SMS fora do horário de expediente.
Verticalização – muitas destas questões compõem a ameaça de desmonte que o banco está sofrendo. Um exemplo disso é que, após extinção da função de caixa e instituição do caixa-minuto, a “verticalização” foi anunciada aos gestores. Com ela os empregados que realizam o atendimento aos clientes serão direcionados para a venda produtos.
"Defendemos a Caixa 100% pública e forte, como ferramenta para a implantação das políticas públicas de governo. Por isso, defendemos a manutenção do emprego, a valorização dos seus funcionários e melhores condições de trabalho", afirma o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.