A Comissão dos Aprovados no Concurso da Caixa Econômica Federal vai se reunir na próxima sexta-feira (22) com o superintendente nacional de Serviços Compartilhados de Gestão de Pessoas do banco, Sebastião Martins Andrade. O encontro, agendado a pedido dos concursados, ocorrerá no prédio da Matriz II, em Brasília (DF), a partir das 15h. Na pauta, a falta de contratação dos aprovados no certame realizado em 2014. A Fenae está contribuindo com a viagem dos membros do grupo para a capital federal.
Segundo o informativo divulgado nas redes sociais pelos aprovados, o objetivo da reunião é apresentar argumentos, números e fatos. Para eles, é inaceitável a justificativa da Caixa de que encontra-se impossibilitada de aumentar o quadro de pessoal e até mesmo de repor as vagas deixadas em razão de aposentadorias. Somente no Plano de Apoio à Aposentadoria, mais de 3 mil deixaram a empresa no ano passado.
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) será representada na reunião por Genésio Cardoso, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. “Estamos atuando em várias frentes para conseguir a retomada das contratações. Além das tentativas de negociação com a Caixa, estamos acompanhando o andamento das apurações pelo MPT”, diz. No último dia 8, o procurador Carlos Eduardo Brisolla, da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, decidiu instaurar inquérito civil para investigar o caso.
Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa, volta a cobrar diálogo por parte da direção do banco. “A empresa completou 155 anos na semana passada, e é urgente dar um basta nesse processo de enfraquecimento. Para isso, porém, é preciso valorizar os empregados. E uma das contratando mais. Nas unidades de todo o país, a realidade é de trabalhadores sobrecarregados e, por isso, adoecendo mais a cada dia”, afirma.
“Já está claro que a Caixa pode e precisa ter mais empregados. Ainda mais agora que o governo fala em aumentar a oferta de crédito por meio dos bancos públicos. Quando o ACT 2014/2015 foi assinado, a expectativa era chegarmos a 103 mil. Hoje, são menos de 98 mil. Diante da demanda crescente, é um quantitativo insuficiente, o que prejudica a categoria, os clientes e os usuários”, destaca Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.