O Comando Nacional dos Bancários está em negociação neste momento, em São Paulo, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em pauta está a redação do aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para impedir a aplicação para a categoria bancária da Medida Provisória (MP) 905/2019.

Esta é a terceira reunião sobre o tema. Na primeira reunião, realizada no dia 14/11, dias depois do governo ter publicado a Medida Provisória, o Comando Nacional conseguiu segurar a implantação da Medida até que seja concluída a negociação com a representação da categoria. Na última reunião, realizada no dia 26/11, ficaram acertados vários pontos que garantem a manutenção da jornada de segunda a sexta-feira, nos mesmos horários atuais e que as negociações sobre a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) continuariam sendo realizadas com os sindicatos, restou apenas fechar a redação sobre os termos acordados.

“Esperamos que as divergências de redação sejam resolvidas. Queremos que seja respeitado o que está definido em nossa Convenção Coletiva de Trabalho, que foi assinada pelos bancos e pelas entidades de representação da categoria após uma dura negociação que levou mais de dois meses”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Sabemos que não é uma negociação fácil, pois foram os próprios bancos que pediram para o governo incluir na MP os pontos que agora estamos impedindo que eles coloquem em prática. Mas, insistimos no princípio de que não se deve mexer nos direitos que são garantidos pela nossa CCT, que está em vigência até 31 de agosto de 2020”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT. “Não foram eles que quiseram incluir na reforma trabalhista a prevalência do negociado sobre o legislado? Então, nossa negociação está em vigência e vamos exigir que a mesa seja respeitada”, completou.

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