Da Contraf-CUT

Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, reúne-se nesta segunda-feira, dia 3, às 15 horas, em São Paulo, para avaliar e ampliar a greve na próxima semana, diante do silêncio da Fenaban em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente para a categoria. A reunião será realizada na sede da Contraf-CUT (Rua Líbero Badaró, 158 – 1º andar), no centro da capital paulista.
A greve começou na última terça-feira, dia 27 de setembro, e paralisa bancos públicos e privados em 25 Estados e no Distrito Federal. O movimento é forte, crescente e atingirá, nesta segunda-feira, todos os Estados do País com a adesão dos bancários de Roraima. 
Na sexta-feira (30), quarto dia de greve, foram paralisadas 7.865 agências e centros administrativos, segundo balanço feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos de todo país.
"Vamos avaliar a força do movimento em cada Estado e intensificar ainda mais as paralisações, a fim de quebrar a intransigência dos bancos públicos e privados. Nós apostamos no diálogo e na negociação para resolver o impasse", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Os bancos, que lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições de fazer uma proposta que seja capaz de atender as justas reivindicações dos seus funcionários", ressalta.
Os bancários entraram em greve após rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 8%, que representa apenas 0,56% de aumento real.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real mais a inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.
"O Brasil é um dos países com maior desigualdade do mundo. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar até 400 vezes a renda de um bancário que recebe o piso da categoria. É preciso mudar essa realidade e tirar o país dessa vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do planeta", salienta o presidente da Contraf-CUT. "Queremos emprego decente", conclui.

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