Acontece nesta quinta-feira, a partir das 15 horas, em São Paulo, um encontro entre os representantes do Comando Nacional dos Bancários, do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador e Fenaban para relatar sobre a continuidade dos efeitos nocivos à saúde dos bancários decorrentes das metas abusivas, rotina estressante e assédio moral. Em 2013, foram registrados 18.671 afastamentos de bancários devido a problemas de saúde.
Transtornos mentais e doenças do sistema nervoso, como a depressão, resultantes em auxílios-doença acidentários concedidos pelo INSS, corresponde a 52,7%. Estes casos superam, inclusive, o número de casos de LER/Dort entre a categoria. Além destes fatores, os bancários relataram uma série de situação de desrespeito ao trabalhadores dentro das agências.
O instrumento de prevenção e combate ao assédio moral consiste em que os bancários possam fazer as denúncias aos sindicatos acordantes. O denunciante deve se identificar somente para a entidade para que possa receber o retorno do banco. O sigilo será mantido junto ao banco e o sindicato terá prazo de 10 dias úteis para formalizar a denúncia. Após receber a denúncia, o banco tem 45 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos ao sindicato.
Esta ferramenta está prevista em acordos firmados entre sindicatos e bancos aderentes, conforme a cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e foi conquistado na Campanha Nacional 2010.
Antes o banco tinha 60 dias para apurar as denúncias encaminhadas e dar retorno ao sindicato. Na Campanha Nacional de 2013, esse período foi reduzido para 45 dias.
Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação, Walcir Previtale, o ideal é reduzir ainda mais e fazer com que os bancos criem mecanismos para responder às denúncias em menor prazo.
Fonte: Fenae Net