Em tom comemorativo, o fundo de pensão dos empregados da Caixa divulgou que a rentabilidade média da carteira de investimentos alcançou 10,71%, o equivalente a 179% do CDI, índice usado como referência de retorno mínimo esperado pelo mercado. Os participantes, porém, tem pouco a comemorar. Além da rentabilidade alcançada pela Funcef ter sido menor do que a de outras Fundações, o REG/Replan Saldado registrou déficit por mais um ano.
A publicação ocorreu tempos depois da maioria dos fundos de pensão (como Previ, Petros e Postalis) já terem publicado seus balanços de 2019 e até mesmo os balanços do primeiro trimestre deste ano.
Em 3 de maio, a Fenae chegou a enviar ofício à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para questionar sobre os prazos de divulgação do balanço da Funcef.
O balanço de 2019 aponta um resultado de R$ 6,98 bilhões, que elevou para R$ 71,50 bilhões o volume total dos Recursos Garantidores da Funcef. Em 2014 eram R$ 54,2 bilhões – variação nominal de 31,9%. Já o patrimônio da Petros chegou a R$ 108 bilhões em 2019. Em 2014, os recursos do fundo de pensão eram de R$ 68 bilhões, variação nominal de 58,8%.
Transparêcia – Os participantes do Novo Plano foram surpreendidos com um alteração no índice de rentabilidade divulgado pela Fundação para os meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020. Houve mudança no percentual de rentabilidade das cotas do Novo Plano de dezembro, caindo de 4,49% para 3,13%. O percentual de janeiro, divulgado anteriormente em 0,6%, foi simplesmente apagado.
Como consequência das alterações, o saldo em conta dos participantes foi reduzido. Questionada, a Fundação respondeu que a alteração ocorreu devido a uma revisão nos preços dos ativos, que foi demandada pela auditoria, porém não deu maiores detalhes.
As entidades representativas cobrarão esclarecimentos da diretoria da Funcef que, com suas atitudes, mostra que ainda precisa avançar muito em termos de transparência aos participantes.