Em entrevista ao Jornal Valor Economico o presidente da Caixa, Jorge Hereda, falou das estratégias do banco de desacelerar a expansão da carteira de crédito com o objetivo de se tornar o terceiro maior banco do país. Hereda também fez declarações sobre "conseguir melhorar a produtividade", porém, não citou como é possível fazer isso com o número de empregados insuficientes para atender a alta demanda de trabalho nas agências do banco.

A declaração do presidente da Caixa vêm de encontro ao momento crucial da Campanha Nacional 2013, em que além das reivindicações gerais da categoria, os empregados da Caixa apresentam suas exigências nas rodadas de negociação específica aos dirigentes do banco.
Os principais itens, reforçados incansavelmente pelos trabalhadores são: mais contratações, saúde do trabalhador, condições de trabalho e fim do assédio moral e de metas abusivas.

O aumento da produtividade ressaltado por Hereda se traduz em aumento de pressão sobre os empregados que tem atuado no limite, muitos deles, adoecendo e sendo afastados. É perciso investir em sistemas, infraestrutura e melhorar os processos de trabalho se quer aumentar a produtividade. Para o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto, não há como falar de produtividade quando o que se vê é uma sobrecarga de trabalho nas unidades, consequentemente, aumento da jornada e adoecimento. "É inaceitável que diante de lucros exorbitantes, a Caixa continue explorando seus empregados e abrindo novas agências com número insuficiente de trabalhadores. A Caixa tem condição total de atender às demandas dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho", afirma.

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