Da CNB/CUT – Fábio Jammal Makhoul

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e a Caixa reuniram-se novamente, em 30 de setembro, para debater questões relativas ao Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), segurança e metas.
Os representantes do banco apresentaram um novo programa que está sendo construído pelo setor de tecnologia da Caixa e que promete evitar as conhecidas fraudes nos pontos eletrônicos. “A negociação foi positiva porque esta foi a primeira vez que a Caixa trouxe algo concreto com relação ao Sipon. O sistema apresentado pela empresa deve evitar que o bancário continue trabalhando depois de passar o cartão na saída e atende às reivindicações do movimento sindical” – explicou o diretor de Administração e Finanças da Fenae e membro da CEE-Caixa, Jair Pedro Ferreira.
Entretanto, não houve definição, pela Caixa, de uma data para a implantação do novo programa.
O banco precisa comprar ainda alguns softwares e não definiu quando o novo Sipon vai entrar em operação.
A Cee-Caixa cobrou uma data da direção da Caixa e a empresa comprometeu-se a apresentar um cronograma em, no máximo, 15 dias.
A proposta é implantar o programa de forma escalonada em alguns setores.
Outro problema debatido relacionado à jornada de trabalho dos empregados foi o banco de horas negativo. A Caixa informou que já está tomando as providências para corrigir esta distorção e que não é intenção da empresa manter um banco de horas negativo.

• Agência Segura

A segurança bancária foi outro item debatido na negociação. Resultado das discussões do grupo de trabalho (GT Segurança) sobre o assunto, a Caixa apresentou seu projeto-piloto de Agência Segura, que já está funcionando em Curitiba, na agência Juvevê, desde o início do ano.
O projeto prevê a ampliação das câmeras de segurança, com instalação inclusive no lado de fora do prédio, implantação de porta-giratória na entrada e sala de controle geral.
De acordo com informações recebidas na reunião, a Caixa já anunciou a contratação de 1.600 vigilantes para as salas de auto-atendimento, com prioridade de implantação do projeto nas agências que trabalham com penhor, que são as principais vítimas de assalto.

• Metas

A Caixa também apresentou o seu Plano Nacional de Participação, que na verdade é um plano de metas.
A empresa fez uma explanação do Plano, que entra em seu terceiro ano e conta com a participação da direção e dos gerentes.
“O problema é que os empregados – que são os cumpridores destas metas – não participam da elaboração do Plano. Muitas das sugestões dadas pelos gerentes também acabam não sendo acatadas. Fizemos esta reivindicação e a Caixa disse que não vê problemas em estender a participação para os empregados. Precisamos discutir melhor este assunto, porque as metas são questões das mais polêmicas” – comentou Jair.

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