Fenaban propôs 7,5% na última rodada de negociação. Representantes dos trabalhadores rejeitaram a proposta e indicaram a paralisação

Na rodada de negociação realizada com o Comando Nacional dos Bancários na quarta-feira, dia 24, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste de 7,5% (para uma inflação de 7,15% medida pelo INPC) sobre os salários e sobre todas as verbas salariais, inclusive para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Os representantes dos trabalhadores rejeitaram a proposta no ato da apresentação, por considerá-la muito abaixo das expectativas da categoria, e orientaram os sindicatos a realizarem assembléias até o dia 29, com indicativo de greve de 24 horas no dia 30, terça-feira.
“Deixamos claro que a proposta é inaceitável para os bancários porque está muito distante das reivindicações da categoria e não condiz com os resultados extraordinários dos bancos e nem com as propostas que outros setores empresariais, menos rentáveis que os bancos, estão fazendo a seus trabalhadores” – disse o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Vagner Freitas.
Os representantes dos bancários reiteraram a necessidade de uma ampliação do aumento real, da valorização dos pisos salariais, da melhoria do vale-alimentação e de aumento e simplificação da PLR. Disseram que a proposta é inferior ao acordo do ano passado e insistiram para que os negociadores dos banqueiros apresentassem uma nova proposta para que pudesse ser submetida às assembléias da categoria. Mas não houve avanço.
“Os banqueiros rejeitaram praticamente todas as reivindicações apresentadas pelos bancários. Só conseguiremos algum avanço com a participação maciça dos trabalhadores na greve do dia 30” – concluiu o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

• Dia Nacional de Luta pára coração
financeiro do País no dia 25
Boa parte dos bancários da região da Avenida Paulista, na capital, aderiram ao Dia Nacional de Luta na manhã da quinta-feira, dia 25. A manifestação foi contra a proposta apresentada pelos bancos na sétima rodada de negociação realizada na quarta-feira, 24, que não atende às reivindicações da categoria.
Mais de 50 agências do Itaú, Bradesco, HSBC, Unibanco, Safra e Banco do Brasil atrasaram o início das atividades até o meio-dia.
Também em outros locais do País – como Curitiba, Limeira e Porto Alegre – foram feitas manifestações contra a proposta dos banqueiros.

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