Durante a rodada de negociação que aconteceu no último dia 17, os banqueiros apresentaram a seguinte proposta: reposição da inflação (4,5% de reajuste), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) inferior à do ano passado, nenhuma valorização dos pisos salariais e nem proteção aos empregos. Também negaram auxílio- -educação e querem reduzir o auxílio-creche/babá de 83 para 71 meses. Os representantes dos trabalhadores rejeitaram, já na mesa de negociação, a proposta rebaixada e insuficiente apresentada.
O Comando Nacional dos Bancários encaminhou documento à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) comunicando a rejeição dos itens expostos e solicitando que apresente nova proposta aos bancários até a próxima quarta-feira, dia 23, para ser avaliada em assembleias de todo o País. Caso os bancos mantenham o posicionamento, o Comando orientará a deflagração de greve nacional por tempo indeterminado a partir da quinta-feira, dia 24.
"No momento em que vários setores da economia estão fechando acordos com aumento real de salário, é inaceitável que os bancos, os que mais lucraram no primeiro semestre, ofereçam apenas a reposição da inflação e uma PLR menor a que foi paga no ano passado" – afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.
"Os empregados estão dispostos a brigar por seus direitos. Querem valorização dos pisos salariais, melhores condições de trabalho, fim do assédio moral e das metas abusivas” – lembrou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.
• Negociações específicas
Está agendada para 22 de setembro, terça-feira, uma nova rodada de negociações específicas com a Caixa.
No último dia 11, o banco não apresentou solução alguma para as reivindicações específicas dos bancários da Caixa. Prometeu que, depois da rodada de negociação com a Fenaban – que aconteceu no dia 17 -, apresentaria uma proposta.
Entre as principais reivindicações específicas da Caixa estão: jornada de seis horas para todos, isonomia, contratação de empregados, mudanças no Plano de Cargos Comissionados (PCC).