“Na Campanha Nacional deste ano, a mesa permanente de negociação com a Caixa será mantida e muitos assuntos devem ser tratados com a direção do banco, que definiu mudanças sem dialogar com os representantes dos empregados”, afirma o diretor da APCEF/SP, Leonardo dos Santos Quadros.

Para os empregados há muito a ser discutido, como a ampliação do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) enquadrando todos os empregados comissionados, individualizando e colocando o desempenho antes das pessoas; a verticalização e a restruturação que reduz postos de trabalho e as áreas-meio, fecha agências e precariza as condições de trabalho, aumenta a pressão, o estresse e a tensão, entre outras medidas alinhadas à política do governo Temer.

O objetivo é extinguir as medidas impostas que estão enfraquecendo o papel social da Caixa, esquartejando o banco público com privatizações e reduzindo o número de empregados com os processos de desligamento voluntário sem reposição.

No dia do bancário, sindicatos da categoria fizeram atividades por todo país, em diversos formatos. O Sindicato de São Paulo, Osasco e Região foi às ruas e mostrou que “Somos Muitos. Somos Fortes. Somos Bancários”, reforçando que a Campanha Nacional deste ano precisa da mobilização para a garantia do emprego, dos direitos e contra a terceirização.

Acordo – o Acordo Coletivo de Trabalho de dois anos garantiu aos bancários as cláusulas econômicas –  reposição total da inflação (INPC) mais 1% de aumento real em salário e demais verbas, inclusive na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) -, que na atual conjuntura do país assegura à categoria manutenção de direitos.

Nas disposições especiais, específicas para os empregados da Caixa, as cláusulas 53 e 54 garantiram a manutenção da sistemática da promoção por mérito com regras negociadas com as entidades representativas.

“A garantia da promoção por mérito até 2019, com referência ao ano base 2018, nos garante boa margem para o debate com a direção da Caixa para o aperfeiçoamento deste programa”, diz o diretor da APCEF/SP.

Campanha Nacional – os debates serão aprofundados nas mesas permanentes de negociação sobre Saúde do Trabalhador, Igualdade de Oportunidades, Segurança Bancária e Prevenção de Conflito.

Em 24 de agosto, Comando Nacional dos Bancários e Fenaban chegaram a um acordo quanto a redação da cláusula 62 da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) 2016-2018 que trata da criação de centros de realocação e requalificação profissional.

Na mesma reunião, o Comando não aceitou as alterações nas cláusulas 37 (monitoramento de resultados) e 65 (adiantamento emergencial de salários nos períodos transitórios de afastamento por doença). Estas cláusulas serão rediscutidas nas próximas reuniões.

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