12 de julho é Dia de Luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores

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Dirigentes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região conversaram com avaliadores de penhor de unidades da capital, na quarta-feira, 6, em São Paulo. O diálogo reforçou a preocupação com a postura intransigente da Caixa que, de forma unilateral, retirou o pagamento do adicional de insalubridade dos avaliadores.

O banco enviou comunicado por e-mail aos empregados na terça-feira, 5, sobre a retirada do adicional. A justificativa é baseada em laudo técnico apresentado por empresa contratada, que afirma que as atividades dos avaliadores e os ambientes de trabalho não são insalubres. “Isso não condiz com a prática. Os avaliadores estão, sim, expostos a riscos de contaminação”, explica a secretária de Saúde da APCEF/SP, Claudia Fumiko Tome. “Somos favoráveis à eliminação da insalubridade, pois, em tese, representa a melhoria das condições de saúde dos empregados. Mas é preciso que essa avaliação seja feita de maneira criteriosa. Há vários questionamentos quanto à forma que esse laudo técnico apresentado pela Caixa foi elaborado”, completa a dirigente.

É importante destacar que os avaliadores de penhor estão expostos diariamente à manipulação de produtos químicos reagentes (ácido clorídrico, ácido nítrico e cloreto de estanho) e que os ambientes são insalubres devido à precariedade dos equipamentos de aeração e instalações das unidades.

Na luta
Durante a reunião foi debatida a disposição da construção de luta envolvendo empregados de todo o país. “A unidade e a mobilização para enfrentar a truculência da Caixa é muito importante neste momento”, ressalta Claudia Tome.
Também questionou-se a utilização do espectrômetro de massa, equipamento que emite radiação ionizante e está sendo experimentado em unidades que não dispunham dos serviços de penhor.
Outro absurdo é o projeto "avaliadores por minuto", que remunera o empregado pelo tempo que executa trabalhos na função, não incorporando-a efetivamente.

Na rodada da mesa de negociação permanente, prevista para terça-feira, 12, os assuntos serão pauta de debate com os representantes da Caixa. Neste dia também serão realizadas manifestações contra as arbitrariedades do banco. "Todos os empregados da Caixa estão sofrendo ataques a seus direitos: tesoureiros, caixas, áreas-meio. Vamos intensificar a luta!", convoca a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda.

A representação dos empregados deve produzir ‘contra-laudo’ para mostrar tecnicamente à direção da empresa que a insalubridade existe e persiste. Além disso, pretende acionar a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego para fiscalizar o penhor e auxiliar na defesa dos direitos.
Avaliadores de penhor de todo o estado têm procurado a APCEF para debater o assunto. O assessor da Fenae, Plínio Pavão, e a assessora jurídica da APCEF/SP, Gislândia da Silva, participaram da reunião.

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