Da APCEF/MG
A Superintendência Nacional de Recursos Humanos divulgou CI informando que, a partir de 30 de abril de 2005, “a Lotação Necessária de Pessoal – LNP de empregados sem cargo em comissão será igualada à Lotação Existente de Pessoal – LEP” e também que “a LNP de empregados sem cargo em comissão só poderá ser alterada quando houver autorização para contratação de novos empregados para a unidade.”
A justificativa para essas decisões é que “a LNP das unidades, atualmente, supera em muito o limite do quadro de pessoal autorizado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), necessitando de revisão dos critérios de dimensionamento de pessoal.” A CI também ratifica que “a maioria das vagas de empregados sem cargo em comissão constante no SISRH não será provida, uma vez que não foram priorizadas no Planejamento Estratégico.”
Essa avaliação e a decisão dela originada, além de apontarem para a continuidade do problema de falta de empregados, com conseqüente sobrecarga de trabalho, ainda causou enorme estranheza pelas justificativas apresentadas.
Ao que se sabe, quando o MPOG define o limite de empregados que pode ter uma estatal, está referindo-se àqueles efetivamente trabalhando e recebendo pela empresa. A eles não interessa se a estatal possui um instrumento de gestão que aponta para a real necessidade de empregados para o bom desempenho da empresa preservando a qualidade de vida dos trabalhadores.
Pode-se avaliar que, na Caixa, a LNP é esse instrumento de gestão. Ou seja, a própria empresa reconhece que é necessário muito mais empregados além dos hoje existentes para que se cumpram as metas e diretrizes colocadas para o banco. Ao igualar a LNP à LEP está jogando-se fora esse instrumento de gestão e “mascarando” a falta de empregados.
É urgente que a direção da Caixa volte seus olhos para a realidade e fortaleça as gestões junto ao MPOG pela contratação de novos empregados, dentro da necessidade da empresa, em vez de criar soluções mágicas.