A Caixa divulgou nesta segunda-feira, dia 20, o balanço do primeiro semestre de 2018. O lucro líquido do banco foi de R$ 6,65 bilhões, um crescimento equivalente a 63% nos últimos 12 meses.
Apesar do lucro apresentado ser capaz de encher os olhos, não traz reais motivos para comemoração.
A maior parte do lucro vem, na verdade, da redução de despesas de pessoal, da redução da provisão para devedores duvidosos – em mais de R$ 3 bilhões – além do aumento abusivo das tarifas bancárias.
Apenas no período de 12 meses, encerrados em junho de 2018, a Caixa excluiu 3.777 empregados. Para os clientes também houve impacto das novas medidas: as tarifas bancárias tiveram um aumento de 22,5%.
O balanço deixa claro também que, por uma estratégia da empresa, a Caixa tem reduzido sua participação no mercado e cede espaço, cada vez mais, para os bancos privados.
Desde 2009, durante a crise financeira internacional, a Caixa ocupa uma fatia maior do mercado. Na época, o banco público manteve o crédito e, em 2012, reduziu as taxas de juros, enquanto os bancos privados suspendiam o crédito.
Em outras palavras, a atual gestão da Caixa mostra que as medidas têm sido guiadas por uma política que facilita a vida dos concorrentes.