Na reunião do GT constituído para debater as funções por minuto ocorrida nesta quinta-feira (18/5), o posicionamento da empresa quanto a uma das principais demandas do segmento, que é o retorno das nomeações em caráter efetivo para as funções de caixa e de tesoureiro, permaneceu sem resposta. Os representantes da direção da Caixa não se comprometeram com o atendimento da reivindicação, alegando que o tema ainda estaria em estudo, pois a medida gera impactos financeiros.
A extinção da função de caixa e o fim da nomeação efetiva para a função de tesoureiro, ocorridas em julho de 2016 com a publicação da versão 33 do MN RH 184, foram justificadas à época pela direção da empresa como “medidas vitais” adotadas para “viabilizar a eficiência da empresa na disputa de mercado”.
“Ou seja, a empresa reconhece que precisa que estas atividades sejam realizadas nas agências, apenas optou por não pagar o que é devido aos empregados que executam estas tarefas, a fim de, supostamente, ‘elevar sua eficiência’. O que a atual direção da Caixa chama de ‘impactos financeiros’, são, na verdade, os direitos que os empregados possuem e que ela deixa de pagar, como por exemplo o cálculo da remuneração de férias, que sequer atende ao previsto na CLT”, criticou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.
“A fala em mesa mostra que a visão dos negociadores não mudou muito entre 2016 e 2023, já que permanecem enxergando direitos devidos aos trabalhadores como “impacto financeiro”. A direção do banco sabe que o trabalho dos caixas, tesoureiros e avaliadores é imprescindível para a empresa, o que é nosso maior trunfo neste processo de negociação. Por isso, precisamos ampliar nossa mobilização, para deixar claro para os dirigentes que não vamos admitir que esta situação persista”, concluiu Leonardo.
Fortaleça a mobilização – Para ampliarmos a pressão sobre a direção do banco, é fundamental que todos os caixas, tesoureiros e avaliadores participem da ação proposta pelos participantes da plenária realizada pela Apcef/SP, Fetec-CUT/SP e Seeb/SP, abrindo uma ocorrência na ouvidoria interna (atender.caixa/siouv > Ocorrência > Incluir ocorrência interna; Assunto: gestão de pessoa;. Item: negociação coletiva; Motivo: mesa permanente de negociação) incluindo o seguinte texto:
“Nos últimos anos, nossas condições de trabalho nas funções de caixa, tesoureiro e avaliador tornaram-se cada vez piores. Para que voltemos a ter condições dignas, é necessário que as designações efetivas sejam retomadas e que as demandas apresentadas pelos representantes dos empregados no GT sejam atendidas.”