A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reuniu na manhã desta quinta-feira (7) com representantes do banco para debater sobre o acordo de teletrabalho.

Caminharam diversos pontos para encaminhamento do acordo, no entanto permanecem três pontos: ajuda de custo, tempo para compensação de horas e o principal, jornada de trabalho. A Caixa insiste num modelo híbrido para definição do teletrabalho onde cada empregado poderia escolher se gostaria ou não de ter a jornada definida e registrada. Na prática, a Caixa sabe que terá meios de coibir o registro da jornada através da gestão, e os representantes dos empregados, conhecendo o dia a dia dos trabalhadores da empresa, mantém a posição de não dar brechas a esta prática, ou seja, é indispensável o registro da jornada para que avance qualquer acordo de teletrabalho.

Carga de trabalho excessiva, e dificuldade de controlar a jornada e adequar a rotina, não pagamento de horas extras, entre outros, são os problemas que acabam ocorrendo nos locais de trabalho, e explicam porque os representantes dos empregados não concordam com a proposta da Caixa.

A reunião terminou sem acordo e os representantes da Caixa afirmaram que irão levar o tema com os apontamentos dos representantes da CEE para analise. Os trabalhadores ainda cobraram que seja realizada uma reunião na próxima semana para discussão da promoção por mérito e condições de trabalho.

“Sabemos que no sistema híbrido as coisas saem do controle facilmente, o trabalhador acaba realizando uma jornada maior e muitas vezes não há o registro, ele trabalha e não recebe por esse trabalho. Para nós é imprescindível que todos tenham jornada definida e batam ponto”, ressaltou Jorge Luiz Furlan, membro da CEE-Caixa e da Fetec/SP.

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