A Caixa, que é tradicionalmente forte na renda fixa, cortou a taxa de administração de diversos fundos da categoria e ampliou o leque de produtos em renda variável, com o lançamento de carteiras com aplicação mínima a partir de R$ 10.
O resultado foi o ingresso líquido de R$ 14,051 bilhões em seus fundos de ações, o que contribuiu para que a instituição registrasse a segunda maior captação do mercado de fundos, totalizando ingresso líquido de R$ 23,9 bilhões em 2012, até novembro, de acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Parte do resultado veio da transferência de um fundo de pensão da Caixa (Funcef), com patrimônio de R$ 9,039 bilhões, que estava com a BNY Mellon Arx Investimentos, além da criação de uma carteira de ações exclusiva da fundação, com patrimônio de R$ 4,047 bilhões.
A Caixa planeja ainda lançar novas carteiras de ações com foco setorial. O banco, que venceu a última licitação para criação de um fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) atrelado ao Ibovespa, cujas cotas são negociadas na bolsa, pretende ampliar a atuação nesse mercado. A meta é captar R$ 1,5 bilhão nesse portfólio até o final do primeiro semestre. "Pretendemos participar de outras licitações de ETFs", diz Marcos Vasconcelos, vice-presidente de ativos de terceiros da Caixa.
Os fundos de investimentos têm enfrentado a concorrência, não só da caderneta de poupança, mas também de títulos como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que oferecem isenção de imposto de renda para pessoa física. No ano passado, o mercado de fundos captou R$ 97,6 bilhões, queda de 1,41% em relação a 2011.
Fonte: Valor Econômico