Março foi o mês com maior número de cortes no setor bancário em todo o País
Nos três primeiros meses de 2016, a Caixa Econômica Federal cortou 449 postos de trabalho em todo o País, é o que indicam os dados da Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) divulgada pela Contraf-CUT na segunda-feira, dia 25. Apesar de ter obtido lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015 (aumento de 0,9% em relação ao ano anterior), a Caixa Econômica Federal cortou 2.497 postos de trabalho no período.
Ao todo, somando todos os bancos, houve o fechamento de 2.454 postos no País no ano passado, 1.671 só em março.
Ação por não contratação prossegue na Justiça
A Justiça do Trabalho prosseguirá com o rito da Ação Civil Pública (ACP) que questiona a não contratação pela Caixa Econômica Federal dos aprovados no concurso de 2014. Isso porque até o dia 22, a direção do banco manteve a intransigência e não se manifestou sobre a possibilidade de um acordo.
A ACP, impetrada pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e no Tocantins, tem liminar favorável que determina a prorrogação do concurso e proíbe a realização de novos certames com cadastro reserva ou número irrisório de vagas. Na audiência inaugural de 12 de abril, a Caixa não apresentou proposta de acordo.
Pelo Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, o banco deveria contratar mais 2 mil empregados até dezembro de 2015.
Quando o ACT foi fechado, a Caixa já havia atingido 101 mil empregados, o que significa que o total de empregados deveria chegar a 103 mil. No entanto, a empresa reduziu o quadro, inclusive com a realização de dois Planos de Apoio à Aposentadoria, e suspendeu as contratações.
"O fato de a Caixa não ter cumprido o acordado faz com que a situação se torne ainda mais grave. A Caixa sequer repôs os desligamentos do PAA", comentou o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. "A falta de trabalhadores causa adoecimento, extrapolação constante da jornada e assédio moral", completou.