Fonte: Contraf-CUT
Na reunião de 18 de junho, a Caixa Econômica Federal apresentou à Contraf-CUT sua proposta final para a unificação das tabelas do PCS da Carreira Administrativa. O banco trouxe novidades positivas para a negociação, que ocorreu na sede da confederação, em São Paulo.
O banco avançou ao reduzir o número de níveis da proposta original de 72 para 48. A proposta mantém o piso e o teto antes acordados (R$ 1.244 e R$ 3.700), levando a um interstício de 2,35% e a uma amplitude de 197,4%. O número de níveis ainda é maior do que o proposto pelos trabalhadores (36), mas representa um avanço importante.
A Caixa manteve a negativa em relação à proposta dos trabalhadores de concessão de um nível (delta) a cada dois anos ou fração superior a um ano que o empregado ficou sem receber a promoção. Mas apresentou como contraproposta o pagamento de uma Parcela Indenizatória para todos os funcionários, variando de R$ 311 (para os recém-contratados) a R$ 8 mil (funcionários mais antigos), de acordo com um cálculo que combina o salário padrão (após o enquadramento na nova tabela) com o tempo de serviço na Caixa.
Pelos cálculos apresentados, na média, trabalhadores que tenham entre 17 e 19 anos de Caixa ganhariam algo em torno de R$ 5,4 mil e R$ 6,6 mil. Um bancário que tenha entre 9 e 12 anos de banco receberia um valor entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. Esses valores são aproximações e podem variar substancialmente para cada bancário, considerando-se as particularidades de cada caso, como a referência atual.
A Caixa não abre mão de impedir a migração para a nova tabela do PCS dos empregados que permaneceram no Reg/Replan não saldado.
• Assembléias dia 26
As entidades sindicais avaliarão a proposta nos próximos dias para orientar as assembléias que acontecerão em todo o País no próximo dia 26 para deliberar sobre a aceitação ou não da proposta. A Contraf-CUT orienta seus sindicatos filiados para a realização de um Dia Nacional de Luta no dia 23, segunda-feira. Os dirigentes devem realizar uma grande mobilização para expor a proposta para os trabalhadores e esclarecer eventuais dúvidas.
“A proposta da Caixa trouxe avanços importantes nessa negociação, principalmente com a redução do número de níveis da tabela para 48, mas ainda tem problemas, principalmente a insistência na vinculação da migração para a nova tabela ao saldamento do Reg/Replan” – avaliou Plínio Pavão, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT. “O momento agora é de preparar uma mobilização forte para que os trabalhadores se engajem na luta por um PCS justo” – defendeu.