A direção da Caixa Federal apresentou sua proposta global aos representantes dos empregados para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho.
Na negociação, ocorrida na noite da quinta-feira, dia 10, a empresa propôs a manutenção da PLR Social que estabelece a distribuição linear de 4% do lucro líquido entre todos os empregados. O menor pagamento de PLR, pela projeção que a Caixa fez de lucro, é de R$ 8 mil.
Assim, os bancários da Caixa receberão a regra básica da PLR proposta pela federação dos bancos (90% do salário mais R$ 1.694), o valor adicional que se refere à distribuição linear de 2,2% do lucro líquido e a PLR Social (veja tabela abaixo).
A assembleia para deliberação da proposta na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e r será nesta sexta-feira 11, a partir das 17h, na Casa de Portugal (Avenida Liberdade, 602). Haverá credenciamento para participar e será necessário apresentar crachá ou holerite acompanhado de documento com foto.
>> Veja aqui em pdf a proposta completa da Caixa.
“A greve dos empregados da Caixa está forte este ano, isso mostra a indignação dos empregados, principalmente com as condições de trabalho dentro da empresa. A proposta feita pela Caixa traz avanços no debate sobre condições de trabalho, pois facilita a promoção por mérito dos empregados que não conseguiam fazer o Universidade Caixa por conta das demandas das agências. A proposta geral também é fruto da luta dos empregados da Caixa", afirma Dionisio Reis, que participa das negociações.
Promoção por mérito – A Caixa propôs a redução de 70 horas para 10 horas de curso da Universidade Caixa para que seja computada na promoção por mérito.
Horas extras – Na proposta, o banco garantiu o pagamento de todas as horas extras nas unidades com até 15 empregados.
Licença – Atualmente os empregados têm direito a utilizar dois dias no ano para acompanhar os filhos ao médico. Essa licença agora poderá ser utilizada para acompanhar pais, companheiros/as e cônjuges.
Comissões paritárias – A Caixa sinalizou que pretende abrir o diálogo sobre temas cruciais para os empregados. O banco propôs a criação de duas comissões paritárias. Uma para discutir as condições de trabalho, que debateria o número de empregados por unidade, o assédio moral, as metas e outras questões que afetam o dia a dia do empregado. A outra abordaria exclusivamente o PSI (Processo Seletivo Interno) com o objetivo de averiguar os problemas e aprimorar o processo para que todos os empregados tenham igualdade de oportunidades na ascensão profissional. As comissões devem ter início em até 30 dias após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho e serão concluídas até 30 de março de 2014.
Dias parados – Os bancos queriam descontar o período em que os trabalhadores estiveram em greve ou que houvesse compensação por até 180 dias. Isso gerou um grande impasse que interrompeu a rodada de negociação por quase todo o dia. Assim, após forte pressão dos representantes dos trabalhadores, ficou garantido que haverá compensação dos dias parados até 15 de dezembro em no máximo uma hora por dia.
Fonte: SEEB-SP